
Esta é a inscrição na fachada do Pantheón, onde estão os corpos ‘dos’ imortais franceses.
Mas, em 1995, para lá foram destinadas as cinzas de uma mulher (e do seu marido), polonesa: Marya Salomee Sklodowska, ou, Marie Curie. A primeira mulher a ser enterrada ali por suas realizações.
Feminista, pacifista militante, a primeira a receber um diploma de física pela Sorbonne, primeira mulher eleita para a Academia Francesa de Medicina e, ganhadora de dois prêmios Nobel, em 1903 e em 1911.
Suas pesquisas sobre a radioatividade transformaram o mundo em que vivemos. Um esforço em meio a uma sociedade machista e preconceituosa e que, ainda tinha que conciliar sua carreira científica com as obrigações de mãe e anos de privação. Obstinação e paixão pela ciência.
“A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos.” (Bernard Shaw)

“Esta transferência das cinzas de Pierre e Marie Curie para o nosso santuário mais sagrado não é apenas um ato de lembrança, mas também um ato em que a França afirma a sua fé na ciência, na pesquisa … é o acolhimento à primeira-dama de nossa história, uma mulher que decidiu impor suas habilidades em uma sociedade onde as habilidades, a exploração intelectual e a responsabilidade pública estavam reservadas aos homens.” (François Mitterrand)
Suas crenças: “É importante fazer da vida um sonho e de um sonho, realidade. Pois, nada na vida deve ser temido. Deve ser apenas compreendido.”