“A maior divisão que existe é entre quem está dentro do Estado e quem não está.” (Luiz Philippe de Orleans e Bragança)
O governo vai aumentar a carga tributária! Vai. É pouco? O salário médio do funcionário público é 87% maior do que o do mercado privado. O Brasil gastou 13,7% do Produto Interno Bruto em 2019, cerca de R$ 930 bilhões, com servidores públicos federais, estaduais a municipais. E a reforma administrativa não sai. O presidente não quer mexer nisso. O secretário Paulo Uebel, da Desburocratização, Gestão e Governo Digital, entregou o chapéu.
A saída é enxugar o Estado, com racionalização no serviço público – via reforma administrativa – e privatizações. O presidente não quer, de fato, nem uma nem outra. Sua formação é sindical, corporativista. E, quer ser reeleito.
“No governo procura-se defender o Estado, enquanto o correto seria defender o cidadão.” (Salim Mattar)
Salim Mattar desistiu. Privatizações, esquece. Ele fala em 14 empresas que estariam na lista de privatizações. Já ouvimos isso. O Paulo Guedes falava em arrecadar R$ 1 trilhão. No primeiro ano!
Ceitec, Emgea e ABGF — serão extintas (serão?) por ausência de interesse por compradores. Alguém conhece essas empresas? Mas, pagamos por sua existência.
Das 698 empresas estatais – escrevi certo, quase setecentas! – ele vendeu 84. Alguém soube? Para o restante falta “vontade política”, diz.
Procura defender o governo, mas logo será considerado mais um “traíra”, responsabilizado pelo fracasso nas privatizações, assim como Mandetta passa a ser o responsável pela ‘descoordenação’ e ‘desorientação” do governo no combate à covid-19, e o Moro pelo fracasso no combate à corrupção. Quando o PG entregar o boné, será responsabilizado pelo insucesso econômico.
Eis a entrevista de Salim Mattar: https://braziljournal.com/por-que-sai-do-governo