
Hoje, 04 de novembro, é o dia da Favela. Podem rir.
O que alguns preferem chamar de ‘comunidades‘ é algo fantástico! Mostra toda a capacidade de adaptabilidade do pobre, desamparado totalmente dos ‘poderes’ públicos e das garantias constitucionais.
Ao invés da atenção e proteção estatais, são discriminados, marginalizados, ignorados, evitados e, fábrica de detentos e de ‘desassossego’ da classe média.
São grupos sociais que para ‘vencer’ na vida, precisam além do empenho pessoal – sem nenhum apoio institucional que os iguale na partida – superar o estigma de sua localização. Nascem condenados à perpetuação da miséria. Não dá para falar em ‘mérito’ num ambiente totalmente inóspito.
“Favela”, “morro”, “comunidade”, “aglomerado”, “complexo”, “periferia”, “quebrada”. Você já deve ter ouvido essas palavras. São nomes que as pessoas dão para aquele lugar onde se vive com pouco recursos, onde, em muitos casos, não se tem o básico.
É ali que vivem as pessoas que se viram como podem pra terminar o dia com dignidade e colocar comida na mesa, tomar um banho e vestir uma roupa limpa.” (Rick Chesther)
Rick é um sujeito que “não desistiu”, apesar de nascer num poço projetado para que ninguém saia.
Ele e os milhões de moradores nas favelas são vítimas dos corruptos que se utilizam da boa vontade e confiança numa espécie de humanidade que a favela cultiva entre os seus para manter a escravidão econômica e segregação social que caracterizam nosso país.
A corrupção tem grandes aliados: a incompetência, o desprezo pelos necessitados, a ignorância (que termina por eleger os mandatários corruptos), a impunidade, a indiferença dos mais esclarecidos, os caminhos já abertos …
“E eu posso dizer com orgulho que a favela tem muito a ensinar a você. O ambiente da comunidade é mais complexo do que muita gente imagina, e quem vê ou retrata a favela de fora, nem em sonho acredita nos milagres, na generosidade, no progresso, na humanidade, na força e na lealdade desse povo que não foge um minuto da luta.” (Rick Chesther)