Nasrudin, o Perturbador da Tranquilidade

Nasrudin (ou Naceradin) Coja (ou Hodja) viveu no século XIII. Era seljúcida (povo nômade turco) e sufista. Também teria sido imã e juiz islâmico. Há muitas histórias a seu respeito, nas quais ora aparece como sábio ou espirituoso, ora como um tolo. Ficou conhecido por ser um homem muito bem humorado. Os mestres sufis apresentavam-se,Continuar lendo “Nasrudin, o Perturbador da Tranquilidade”

“Nenhum príncipe vive jamais seguro em seu principado enquanto viverem aqueles que foram espoliados.” (Maquiavel)

O totalitarismo procura parecer indispensável portanto, normal, desde que uma situação de perigo se apresente e, que a democracia esteja esvaziada. Por isso há a necessidade da criação de inimigos, internos ou externos, reais ou fictícios. Há o episódio histórico da criação do documento falso mais famoso de todos os tempos: os Protocolos dos SábiosContinuar lendo ““Nenhum príncipe vive jamais seguro em seu principado enquanto viverem aqueles que foram espoliados.” (Maquiavel)”

Contracepção

Há 63 anos chegava ao mercado a primeira “pílula” anticoncepcional. Uma revolução libertária para as mulheres, sem dúvida. As mulheres puderam fazer sexo por prazer – até então um privilégio dos homens – e não apenas para efeitos reprodutivos. Anteriormente, evitar a gravidez dependia do uso de preservativos (condom) pelos homens. A liberdade sexual daContinuar lendo “Contracepção”

A papisa Joana

Em 1142 foi divulgado o Decreto de Graciano, uma compilação de todas as normas canônicas da época, elaborada por um monge que lhe emprestou o nome e aprovado pelo papa Eugênio III. Na prática, foi criado ali o direito canônico. Um dos seus efeitos foi afastar as mulheres estritamente da Igreja. A Igreja é patriarcal,Continuar lendo “A papisa Joana”

“Os infelizes gostam de se unir uns aos outros” (Lessing)

“O tempo que vivemos é um tempo no qual as pessoas que tomaram o poder não se importam mais com os ancestrais, não se importam com os descendentes. Como podemos raciocinar com pessoas que têm arrogância de pensar que a morte delas significa o fim do mundo?” (Lewis Ricardo Gordon) As pessoas estão perdendo aContinuar lendo ““Os infelizes gostam de se unir uns aos outros” (Lessing)”

A tentativa de golpe

Em 64 a.C., Catilina estava próximo da falência. De família nobre, porém desregrado, já havia sido acusado de vários crimes (assassinato da primeira esposa, do próprio filho e até relações sexuais com uma sacerdotisa virgem). Para mudar sua situação resolveu candidatar-se ao Senado romano. O investimento era alto mas, eleito, poderia recuperá-lo rapidamente – legalmenteContinuar lendo “A tentativa de golpe”

Por que tanta maldade?

“O que eu quero é proteger-me, a mim, aos meus e à minha família. E os outros que se tramem (se lixem). (…) É preciso suplantar uma biologia muito forte”, diz António Damásio. A solução é educar maciçamente as pessoas para que aceitem os outros, complementa. O cardápio do mal é servido a partir dosContinuar lendo “Por que tanta maldade?”

Angústia de não pertencer a lugar nenhum, mas ao mesmo tempo, a todos os lugares

Os judeus passaram por várias diásporas, expulsões forçadas pelo mundo. A justificativa estaria em desobedecerem a voz de Iahweh: “Iahweh te entregará, já vencido, aos teus inimigos: sairás ao encontro deles por um caminho, e por sete caminhos deles fugirás!” (Deuteronômio 28, 25). Talvez a primeira diáspora tenha sido a expulsão de Eva e AdãoContinuar lendo “Angústia de não pertencer a lugar nenhum, mas ao mesmo tempo, a todos os lugares”

Natureza e desenvolvimento sem antagonismo

A concentração de CO2 na atmosfera superou 420 ppm (partes por milhão) em maio do ano passado, segundo a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA, em inglês). Este é o maior índice desde o começo das mensurações. Ao longo da história pré-industrial as concentrações se mantiveram consistentemente em torno das 280 ppm, por quaseContinuar lendo “Natureza e desenvolvimento sem antagonismo”

A escravidão, como vista por Espinosa

Espinosa entendia que todos os indivíduos são expressões singulares da potência absolutamente infinita da Natureza. Essa expressão precisa ser lida e relida; e entendida. Por isso, em cada indivíduo, seu direito é idêntico ao seu poder de exercê-lo, ou idêntico à sua potência de agir. Ele cunhou a frase “direito, ou seja, poder” (jus siveContinuar lendo “A escravidão, como vista por Espinosa”