A cidade de São Paulo está preparada para uma enxurrada? Os paulistanos têm ideia do que foi feito com seus rios? Foram transformados em esgotos, enterrados, canalizados, disciplinados … para sempre?
Rios urbanos são odiados pelo setor imobiliário e associados: área “desperdiçada”, “domicílios” e “comércios” impossibilitados, ABLs potenciais, avenidas necessárias para o fluxo (?) de automóveis … Várzeas, para o quê?
Na verdade, são oportunidades, lucros que precisam ser realizados. Os “representantes” eleitos têm essa sensibilidade e conseguem as justificativas.
Conivência com ocupações ribeirinhas, “justificada” pelo apelo social e votos.
O documentário anexo, “Entre Rios” é de 2009. Foi realizado por Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini. Todo morador da cidade de São Paulo ganharia se o visse. O primeiro passo é a sempre a conscientização, o conhecimento. Há eleições à frente.
Trata da transformação dos cursos d’água paulistanos, com suas motivações sociais, políticas e econômicas.
Claro que não aguenta. Acredito que poucas metrópoles no Brasil aguentam o que ocorreu no RS. Temos provas que o ES não aguenta e outras capitais. Já temos provas disso aí em SP. Alagamentos em épocas de chuvas todos dias. Eu presenciei o Rio Tietê sendo canalizado com placas enormes de cimento. Porém à época das primeiras águas os bueiros não suportam e são ejetados e algumas avenidas viram mar de dejetos e esgoto doméstico e das fábricas. Solução porca é barata para a especulação imobiliária. Enfim. SP não suporta 2 gotas de lágrimas (ironicamente) que começa o caos do alagamento. E quase todas as capitais são assim. RS é só uma amostra do que pode vir pela má gestão e facilitação imobiliária.
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