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A autonomia do sujeito é uma ilusão, expressa na individualidade. Assim pensava René Girard (1923-2015). Ele defendia a “interdividualidade“, que implica na necessária presença do outro.
Nas empresas ainda há a predominância do conceito de comando-controle entre os “líderes”. Isso “funcionava” em regimes escravocratas, nos quais as pessoas eram tratadas como “bichos”, não como gente.
Não dá para ignorar que “mudanças” é o que deveria ser a preocupação central dos negócios. No entanto, muitas empresas ainda estão sentadas no passado e, quando percebem que o vento está tirando a poeira do “sucesso”, lamentam-se.
Sempre há outros agentes atentos, que antecipam-se aos conformados e, consolidam setores e aglutinam tecnologias.
As empresas nacionais têm uma predileção por lobbies e se contentam com o fechamento, na prática, do mercado. Criticam a intervenção governamental, a alta carga tributária, mas não dispensam os “incentivos fiscais”, os “subsídios”, a defesa contra a agressividade externa, o isolacionismo. Afinal, somos 214 milhões de consumidores.
Essa é a mentalidade implantada quando da chegada dos portugueses: não ao desenvolvimento, não à educação, não à cidadania!
Trabalhei – e me orgulho disso – numa empresa que exportava para mais de 100 países! Seus produtos – referências em qualidade e assistência – eram copiados pelo mundo afora. Via em feiras produtos chineses que eram cópias dos nossos! Mas, os clientes sabiam disso – eram cópias.
Digo que deveria haver incentivos, sim, para empresas nacionais exportadoras de valor agregado – não de commodities, não pro agronegócio.
Uma empresa que teme o concorrente externo é uma farsa! O que nos impede de sermos melhores?
O que isso tem a ver com a gestão de pessoas? É uma tolice considerar que bons produtos são fruto de mentes privilegiadas: todos podem contribuir, tanto na concepção quanto na melhoria dos processos. Todos!