
Sadhguru tornou-se popular com sua linguagem simples e atual.
Seu discurso é sobre a autotransformação, não a partir de atitudes ou comportamentos, mas pela experimentação da natureza ilimitada de quem somos.
Segundo essa visão, há duas forças básicas dentro de nós, que vemos, normalmente, como estando em conflito.
Uma é o instinto de autopreservação, que nos leva a construir muros ao nosso redor, para nossa proteção. A outra é o constante desejo de se expandir, de se tornar ilimitado.
Parecem, mas não são opostas. A primeira nos enraíza; a outra nos leva além. A autopreservação diz respeito apenas ao corpo físico. A tensão só existe para os que se vê unicamente pelo físico.
A base do processo de espiritualização é a vontade de viajar do corpo individual, caracterizado pelo limite, para a fonte ilimitada da criação.
A primeira força é ativada pela gravidade, que nos mantém no chão; a segunda é movida pela graça, que tenta nos erguer.
Quando nos liberamos das forças físicas da existência, então a graça irrompe em nossas vidas.
Mas, a graça tem uma exigência: requer que estejamos disponíveis para ela.
Assim é na nossa vida: quando estamos contentes, satisfeitos, sentimos uma expansão; quando tristes ou com medo, nos contraímos.
“O Criador não busca sua atenção. As cordas que o amarram e as paredes que o bloqueiam são inteiramente de sua fabricação. E isso é tudo que você precisa desatar e desmantelar.
Você não tem trabalho com a existência.
Só tem trabalho com a existência que você criou.” (Sadhguru)
Nosso dilema é que o cerne de nossa experiência está dentro de nós, mas nossa percepção está inteiramente ligada ao exterior.
Uma experiência pode ser desencadeada por um estímulo externo, mas sua origem é sempre interna.O que vemos (sentimos) não é o que de fato importa e o que “é”. O que “é” está em nosso interior – e é o que realmente importa.