
A psicologia nasceu, oficialmente, na década de 1870, com Wilhelm Wundt, na Alemanha.
Ela se dedica ao estudo dos comportamentos, processos e mecanismos que afetam as ideias, os sentimentos e os pensamentos, basicamente.
Entretanto, o que dela mais se divulga é seu enfoque nos comportamentos “anormais”, aqueles que se desviam da normalidade.
O que é anormal, em termos comportamentais? Varia, não é? O normal muda com a história e a cultura de cada povo; o anormal, portanto é o que se mostra desviante, desajustado ou inadaptado a esses padrões.
Essas anomalias são classificadas como “distúrbios”, tais como os transtornos de ansiedade (ansiedade, pânico, fobias, estresse pós-traumáticos), transtornos de humor (depressão, transtorno bipolar, suicídio), transtornos por uso de substâncias e, esquizofrenia, por exemplo, resume Adrian Furnham.
Mas, além do aspecto clínico, o conceito de normalidade tende, numa sociedade competitiva, a sutilmente enveredar por noções de superioridade e adaptabilidade social no caminho para a transformação e o desenvolvimento pessoal.
Ou seja, a rigor ninguém quer ser “normal”; o normal não se destaca, não ascende. Porém, o cuidado é ser visto como “além da normalidade”, não como anormal.
É necessário sair do raso: essa é a grande atração do mercado de Coaching.
Um desafio é fazer o coachee se entender e se valorizar o suficiente para se dar bem com pessoas que pensam e se comportam de maneira diferente, sem sentir que é mais ou menos do que elas.
Como fazer para essa pessoa se valorizar sem, no entanto, intimidar os outros para se sentirem importantes ou se esconder para se sentir segura?
Se sua autoestima depende de estar certo em vez de acertar as coisas ou de se conformar às normas do grupo em vez de expressar sua própria opinião, é quase impossível ter um relacionamento saudável consigo mesmo e com os outros.