Singularidades

Quando a ciência esbarra em seus próprios limites, surge uma “singularidade“. Esse termo foi popularizado nos anos 1950 por John von Neumann. Para ele, “A aceleração do progresso tecnológico e as mudanças no modo de vida humana, dão uma aparência de singularidade essencial na história da raça, para além da qual os assuntos humanos, comoContinuar lendo “Singularidades”

Contracepção

Há 63 anos chegava ao mercado a primeira “pílula” anticoncepcional. Uma revolução libertária para as mulheres, sem dúvida. As mulheres puderam fazer sexo por prazer – até então um privilégio dos homens – e não apenas para efeitos reprodutivos. Anteriormente, evitar a gravidez dependia do uso de preservativos (condom) pelos homens. A liberdade sexual daContinuar lendo “Contracepção”

À meia-luz (por Jénerson Alves)

Paula Alquist, esposa de Gregory Anton, é manipulada pelo marido; ele a faz acreditar que ela está doente e sofrendo alucinações. Esse é o mote do filme ‘À meia-luz’, produzido em 1944, com direção de George Cuckor. Participa da obra a talentosíssima atriz Ingrid Bergman, que ganhou o Oscar de melhor atriz pela sua atuaçãoContinuar lendo “À meia-luz (por Jénerson Alves)”

A luta identitária

Em nome do bem muito mal já foi e será praticado. Tendemos a absolutizar tudo que nos importa e achamos que o certo é aquilo no que acreditamos. Tá feito o dissenso. E, como nossa vida só faz sentido se tivermos razão, tá criada a dissidência. E o mundo se fragmenta, se encurrala em nichosContinuar lendo “A luta identitária”

Escolhas

Toda a revolução tecnológica dos últimos séculos, com o “domínio” da natureza e o “progresso”, trouxe, sim, melhorias na produtividade, renda, consumo, saúde etc. A miséria e a exclusão, entretanto, não foram satisfatoriamente endereçadas. E, o crescimento da solidão parece superar ao da população, como um custo oculto embutido nesse processo. Vemos contingentes populacionais enormesContinuar lendo “Escolhas”

A dor

Algofobia, o medo da sensação de dor. A dor não é apenas assunto médico, também é sociológico. Nossa tolerância à dor tem diminuído rapidamente. Essa angústia tem por consequência uma “anestesia permanente”, diz Byung-Chul Han. Toda condição dolorosa é evitada, inclusive as “dores de amor”. O amor deixa de ser uma entrega total; há umContinuar lendo “A dor”

Nossos sonhos

Evitamos sonhar, talvez para fugirmos de pesadelos. Nos sonhos temos a oportunidade de ajustarmos nossas emoções e de imaginarmos soluções para nossos infindáveis problemas. Nos tempos atuais parece que perdemos o interesse por nossos sonhos; poucos se lembram deles ao acordar. A virtualidade do cotidiano tende a tomar seu lugar; os sonhos tornam-se aspirações espelhadasContinuar lendo “Nossos sonhos”

Não há mistério maior que a miséria (Oscar Wilde)

Há uma ânsia por “felicidade”, esse maná moderno. E, achamos que esta felicidade está nos outros, na sua atenção, no reconhecimento, nos afetos e cuidados demonstrados, naquilo que fortaleça nosso ego. A felicidade – curtos momentos de paz interior – está em nós mesmos. Daí, quebramos a cara, pois procuramos onde não se está. EsquecemosContinuar lendo “Não há mistério maior que a miséria (Oscar Wilde)”

Ansiedade e burnout

Não há “controle” sobre a vida. Nossa vida é permeável e sujeita a intervenções externas fora de qualquer controle. Isso não é desesperador, como alguns acham; sempre foi assim, embora ultimamente esteja se insinuando como parte da realidade. Cerca de 19 milhões de pessoas sofrem de ansiedade no Brasil, segundo dados da OMS, o queContinuar lendo “Ansiedade e burnout”

Como era possível?

COMO FAZÍAMOS? (Adaptação de uma publicação de Laura Muschio) Às vezes me pergunto:o que nossa geração fez parasobreviver de comida contendo lactose? Como fomos capazes de crescersem comida para bebê, suplementos,hormônios e multivitaminas? Como vivíamossem Coca zero, Red Bull,aperitivos e bebidas longas,se esperávamos pelo domingopara beber água com gáscom pós dissolvidos? Como passamosos invernos rigorososcomContinuar lendo “Como era possível?”