No diálogo Mênon, de Platão, há o questionamento se a virtude é coisa que se ensine, se pratica ou é dada aos homens por natureza. Sócrates responde que não sabe o que é verdadeiramente a virtude e que, portanto, não saberia responder do que ela é feita. Para ele haveria uma impossibilidade de se obterContinuar lendo ““O que é este mundo? Alguma coisa bem louca e abominável” (Voltaire)”
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Liderança em nossos tempos
Muitos conhecem Simon Sinek, principalmente a partir de seu livro “Comece pelo Porquê”. Nele, ressalta que existem “apenas” duas maneiras de influenciar o comportamento humano: manipulando-o ou inspirando-o. Destaca, também, que tendemos a confiar naqueles nos quais percebemos valores ou crenças comuns. E, principalmente, enfatiza a necessidade de se ter um propósito em tudo oContinuar lendo “Liderança em nossos tempos”
“O imortal no mortal é o seu Nome” (Aurobindo)
“Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17: 20-21) Noutras traduções, lê-se “A vinda do Reino de Deus não é observável. (…) poisContinuar lendo ““O imortal no mortal é o seu Nome” (Aurobindo)”
Sabemos mesmo?
Havia um seriado na TV, nos anos 50, que fez muito sucesso: Papai Sabe Tudo. O título original era mais apropriado: Father Knows Best. Vi algumas reprises nos anos 80. O fato é que, na minha visão, ninguém “sabe” nada, a rigor. O que julgamos saber é precário e provisório. É “sabido” que Sócrates afirmavaContinuar lendo “Sabemos mesmo?”
“Sobre o nada eu tenho profundidades”
Manoel de Barros tinha “um olhar de fonte, um olhar de primeira água”, no dizer de Paulinho Assunção. Era o próprio sentimento, numa vertente sempre da infância, da curiosidade e da reverência. Um cultor da palavra e da simplicidade. Fazia um esforço para nada explicar; o que se consegue explicar, satisfatória e completamente? Ele amavaContinuar lendo ““Sobre o nada eu tenho profundidades””
Reverência pela vida
Sempre admirei Rubem Alves. No seu conto A Máquina do Tempo, diz que “O tempo é isto: o poder que faz com que coisas que existem deixem de existir para que outras, que não existiam, venham a existir. Se o tempo não tivesse passado eu continuaria a ser menino e vocês (referindo-se às netas) nãoContinuar lendo “Reverência pela vida”
Boécio
Boécio foi um teólogo, poeta, político e filósofo romano. Acusado de apoiar um traidor, foi preso, torturado e executado em 525, a mando de Teodorico, o Grande. Seu livro “A Consolação da Filosofia” foi escrito na prisão, concebido entre duas sessões de tortura, enquanto esperava sua morte. É o testemunho da grandeza à qual umContinuar lendo “Boécio”
Orfismo
Orfeu, o poeta mítico, que desceu ao submundo e voltou. Após a morte de sua amada, Eurídice, Orfeu resolveu descer ao mundo de mortos e pedir a Hades, deus dos mortos, e a sua esposa Perséfone, que permitissem sua volta. Não deu muito certo. Os órficos, seus seguidores, reverenciavam Dioniso (que também uma vez desceu aoContinuar lendo “Orfismo”
O político Platão
Quando Platão se aproximava dos quarenta anos, ele visitou vários locais, entre os quais, a cidade-estado de língua grega de Siracusa, na ilha da Sicília. Em sua juventude, Platão havia considerado entrar na turbulenta política de Atenas, mas percebeu que suas reformas, pensadas para a constituição da cidade e nas práticas educacionais eram muito improváveisContinuar lendo “O político Platão”
“Os que se dedicam à filosofia são homens que se estão preparando para morrer”
“Pétalas voam Todas elas fazem o Galho mais velho” (Yosa Buson, 1716-1783) Em Fédon, Platão insinua que a morte não é nenhum ponto-final catastrófico. Ela seria um ponto extraordinário de virada que leva a um ser superior. Ela aproximaria a alma do “invisível”, do “divino”, do “racional” e do “uniforme” que, como o imutável, permaneceContinuar lendo ““Os que se dedicam à filosofia são homens que se estão preparando para morrer””