Marco Aurélio (121-180 d.C.) foi um pensador estoico (enquanto imperador). Tinha consciência da precariedade e da fragilidade do homem e de suas obras e, do caráter efêmero de todas as coisas materiais. Talvez a peste que devastava parte da população durante seu império (mais de cinco milhões de pessoas) o tenha impressionado. Sabia, como Epicteto,Continuar lendo ““… calcule as bênçãos que você possui, e então, lembre-se de como você ansiaria por elas se não fossem suas.” (Marco Aurélio)”
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Nossas cobranças devem ser dosadas
Há uma desconfiança nas instituições, uma decepção com relação às expectativas irrealistas, uma falta de clareza sobre o que nos sobra com a pressão constante de performance! Isso tem levado milhões à paralisia, à invalidez funcional, ao burnout, síndrome de pânico, e à depressão! A ética rígida do trabalho e um comprometimento obsessivo com osContinuar lendo “Nossas cobranças devem ser dosadas”
Nossa visão parcial do todo
Schopenhauer já foi considerado o “mais racional dos filósofos do Irracional”, por Thomas Mann. Na sua época, a razão passava a conduzir os homens. O homem se descobria criador. A verdade se confundia com realização. O futuro passava a representar acumulações. Surgia a religião secular do Progresso e do Desenvolvimento, que hoje nos encurrala. ParaContinuar lendo “Nossa visão parcial do todo”
Amigos
Amigos, tenho poucos. O bastante. Não confundo civilidade e humanidade com amizade. Conheço muitas pessoas – das quais logo esqueço os nomes -, mas amigos … sempre poucos e menos. Amizade requer uma carga de amor e desprendimento que, se excessiva, nos apaga. Os colegas no trabalho, os conhecidos por razões várias, os que eventualmenteContinuar lendo “Amigos”
“Uma ação é boa na medida em que respeita a pessoa humana e contribui para sua realização; caso contrário, a ação é má”
Não dá para assistir como se não dissesse respeito a nós. O Brasil patina há tempos; agora podemos retroceder também no espaço político. Essa democracia pífia que temos – mas que é como o pão dormido que não podemos descartar – está ameaçada, como sempre ocorre periodicamente neste país, que ainda não aprendeu a amarContinuar lendo ““Uma ação é boa na medida em que respeita a pessoa humana e contribui para sua realização; caso contrário, a ação é má””
Esperançar é ir atrás, é não desistir.
Amar quem temos, a pessoa com quem vivemos, não é comum. A maioria lamenta – sente-se “infeliz” – por não ter ao lado a pessoa que “nos falta”, por quem alguns se “apaixonam”. Outros não admitem “perder” o que têm, embora não haja amor nessa relação, só posse. Schopenhauer, que gostava de colocar água noContinuar lendo “Esperançar é ir atrás, é não desistir.”
“A vida é um negócio que não cobre seus custos” (Schopenhauer)
É. Não dá para dizer que Schopenhauer era otimista, embora se comprometesse em buscar soluções para o ser humano suportar a dor de viver. Reforçava a nossa triste realidade e, as esperanças nulas e falsas sobre o bem que desta pode advir. O mundo seria “mais fumo do que luz”. Inspirava-se nas suas leituras sobreContinuar lendo ““A vida é um negócio que não cobre seus custos” (Schopenhauer)”
O poder que nos move
“O homem que tenta ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons”. Maquiavel, sendo maquiavélico. O poder tem seus encantos. Sentir-se poderoso é … embriagante. A ressaca se cura com mais poder. Mesmo os supostamente não empoderados têm suas esferas de poder, em âmbitos menores. AtéContinuar lendo “O poder que nos move”
A vida é representação?
“O mundo é minha representação. (…) Todo objeto, seja qual for a sua origem, é, como objeto, sempre condicionado pelo sujeito, e assim essencialmente apenas uma representação do sujeito”. (Arthur Schopenhauer) O viver intensamente, as ações espontâneas como celebrações apaixonadas, são razões tolas? Há tolice no viver? A vida não seria muito mais do queContinuar lendo “A vida é representação?”