O coração que treme diante do sofrimento

OS OLHOS DOS POBRES (Charles Baudelaire) “Ah! Você quer saber por que eu a odeio hoje. Será, certamente, menos fácil para você compreender do que para mim, explicar; porque você é, creio, o mais belo exemplo da impermeabilidade feminina que se possa encontrar. Tínhamos passado juntos um longo dia que me parecera curto. Nós nosContinuar lendo “O coração que treme diante do sofrimento”

“O que não foi/ tocado é o que/ deixou sua marca/ mais nítida na mão.”

Volto com Ruy Espinheira Filho, o poeta baiano (quase um pleonasmo) que traz toda a complexidade da vida num lirismo nunca abandonado. À sua memória, aflora o eterno fluir, com nossa pegada – visível, indelével ou fugaz, efêmera – no tempo. Talvez por isso tenha recebido a alcunha de “poeta da memória”. “Com que contundênciaContinuar lendo ““O que não foi/ tocado é o que/ deixou sua marca/ mais nítida na mão.””

“Como guardará/ Esta noite e outras e manhãs e tardes e nossas vozes que aos poucos cessarão” (Ruy Espinheira)

Ruy Alberto de Assis Espinheira Filho nasceu em 1942, em Salvador. É jornalista, poeta, romancista, contista, ensaísta e cronista. É membro da Academia de Letras da Bahia. Ele é um dos mais importantes poetas líricos brasileiros da modernidade, na opinião de Miguel Sanches Neto. NESTA VARANDA (Ruy Espinheira Filho) Logo mais não estaremosAqui nesta varanda, emContinuar lendo ““Como guardará/ Esta noite e outras e manhãs e tardes e nossas vozes que aos poucos cessarão” (Ruy Espinheira)”