A crônica abaixo, de Rubem Alves é provocadora, polêmica. Ao desacreditar o povo como expressão da vontade da nação – portanto, da democracia – (por ser manipulável), pode alimentar argumentos caros a alguns: alguém tem que falar em seu lugar, um autocrata, talvez. No final ele se redime e diz ter esperança num povo capazContinuar lendo ““O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.””
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Amigos
Amigos, tenho poucos. O bastante. Não confundo civilidade e humanidade com amizade. Conheço muitas pessoas – das quais logo esqueço os nomes -, mas amigos … sempre poucos e menos. Amizade requer uma carga de amor e desprendimento que, se excessiva, nos apaga. Os colegas no trabalho, os conhecidos por razões várias, os que eventualmenteContinuar lendo “Amigos”
Reverência pela vida
Sempre admirei Rubem Alves. No seu conto A Máquina do Tempo, diz que “O tempo é isto: o poder que faz com que coisas que existem deixem de existir para que outras, que não existiam, venham a existir. Se o tempo não tivesse passado eu continuaria a ser menino e vocês (referindo-se às netas) nãoContinuar lendo “Reverência pela vida”
A morte e o morrer
“Morrer, que me importa? (…) O diabo é deixar de viver.” (Mário Quintana) “Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?”Silêncio.“Não chore, que eu vou te abraçar …”Essa história foi contada por Rubem Alves. Sua filha tinha três anos, mas sabia que a morte é onde mora a saudade. A partir de certa idade, tornamos-nosContinuar lendo “A morte e o morrer”
Da inutilidade da infância (Rubem Alves)
O pai orgulhoso e sólido olha para o filho saudável e imagina o futuro. – Que é que você vai ser quando crescer?Pergunta inevitável, necessária, previdente, que ninguém questiona. – Ah! Quando eu crescer, acho que vou ser médico!A profissão não importa muito, desde que ela pertença ao rol dos rótulos respeitáveis que um paiContinuar lendo “Da inutilidade da infância (Rubem Alves)”