O tempo é memória

A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. (Kierkegaard) Há tempos tento entender o tempo, não o meteorológico – que já é complexo -, mas o cronológico. Ele existe mesmo? Por que temos necessidade de determinar o tempo, de definirmos marcos temporais? Karl Popper lembrouContinuar lendo “O tempo é memória”

Estratégia

A criatividade existe porque nossos modelos sempre têm inconsistências inerentes, diz Sara Walker. Se nossos modelos de nós mesmos ou do universo em que estamos inseridos fossem completos ou exatos, nada de interessante aconteceria. Não é? O que está perfeito precisa mudar? Mas, nada está perfeito, felizmente. A perfeição é uma ilusão. Perguntem às modelosContinuar lendo “Estratégia”

Galileu e a ciência

“A superstição é a realização dos espíritos fracos”, dizia Edmund Burke, no século 18. Esse era o pensamento de Galileu (1564-1642): “Eu acredito que a autoridade das Sagradas Escrituras tinha unicamente o objetivo de persuadir os homens sobre proposições e pontos de doutrina que, sendo necessários para a nossa salvação e se sobrepondo a todaContinuar lendo “Galileu e a ciência”

A felicidade, por Madame du Châtelet

Émilie du Châtelet (1706-1749) era uma cientista, aficionada por matemática e física. Foi educada num padrão diferente para uma menina da época. Aprendeu latim, grego, alemão, italiano e inglês e, música, dança, teatro, literatura e ciência. A tradução que fez do Principia Mathematica, de Newton, continua como padrão em francês: um volume de mais deContinuar lendo “A felicidade, por Madame du Châtelet”

O universo tende para o homem?

“Penso que a tarefa do século vindouro, perante a mais terrível ameaça já conhecida pela humanidade, vai ser a de reintegrar os deuses.” (André Malraux) Newton (1643-1727) acreditava que o universo seria uma imensa máquina composta por partículas materialmente inertes, submetidas a forças cegas. A partir de um pequeno conjunto de leis físicas, toda aContinuar lendo “O universo tende para o homem?”

“Você acredita num Deus que joga dados, e eu em lei e ordem absolutas” (Einstein, para Max Born)

“Ao mostrar que certos sistemas determinísticos têm limites formais de previsibilidade, Lorenz colocou o último prego no caixão do universo cartesiano e fomentou o que alguns chamaram de terceira revolução científica do século 20, no encalço da relatividade e da física quântica.” (Kerry Emanuel) Edward Lorenz foi, praticamente, o cientista que desenvolveu a “teoria doContinuar lendo ““Você acredita num Deus que joga dados, e eu em lei e ordem absolutas” (Einstein, para Max Born)”

A vida é sistêmica

Óbvio. Aparentemente, porque ainda predomina a concepção cartesiana, que consagrou a separação da ‘mente’ do corpo físico e, por extensão, da natureza. Fomos elevados a senhores da natureza. Uma coisa leva a outra: as ideias de Descartes levaram ao racionalismo, ao foco na subjetividade, à especialização … “Um especialista é alguém que sabe cada vezContinuar lendo “A vida é sistêmica”