“(…) gostaria somente de entender como tantos homens suportam às vezes um tirano só, que não tem mais poder que o que lhe dão, que só pode prejudicá-los enquanto quiserem suportá-lo, e que só pode fazer-lhes mal se eles preferirem tolerá-lo a contradizê-lo.” (Étienne de La Boétie) É surpreendente a teimosia de alguns “patriotas”, àContinuar lendo ““A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo” (Kant)”
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Inimitável
O Brasil nunca teve um prêmio Nobel. Mas teve Pelé. Único. Um gênio que, como qualquer cientista de renome ou aclamado escritor, sabia se destacar em ambientes de extrema complexibilidade, com primor de criatividade. Sem ele talvez não conseguíssemos nos livrar do Complexo de Vira-Lata que incorporamos após a derrota em 1950. “Por ‘complexo deContinuar lendo “Inimitável”
“Invejo a burrice, porque é eterna.” (Nelson Rodrigues)
Como destruir um planeta sem fazer muito esforço. Este é um capítulo de um livro de Noam Chomsky. Um historiador do futuro – se houver – perceberá que neste nosso mundo, existem os que estão tentando com afinco fazer algo em relação às ameaças que nos cercam e outros que estão agindo para intensificá-las. OContinuar lendo ““Invejo a burrice, porque é eterna.” (Nelson Rodrigues)”
Como o neoliberalismo vê o povo
“A democracia é apenas a substituição de alguns corruptos por muitos incompetentes”; “…é um sistema que faz com que nunca tenhamos um governo melhor do que merecemos”, dizia Bernard Shaw (que não viveu no Brasil). Há pouco tempo um ministro criticou o fato de que houve um período em que “Era todo mundo indo paraContinuar lendo “Como o neoliberalismo vê o povo”
“Quero ser repórter e prova do crime” (Jabor)
Esperto, esse Arnaldo Jabor. Saiu de cena antes que o país que ele amava, embora o destratasse, se inviabilizasse definitivamente. Escrevia como Nelson Rodrigues, uma inspiração: “O que aprendi com ele (Nelson), mais que o estilo, é a postura diante da vida, da literatura, da tentativa de empobrecer o texto, como ele falava. A liberdadeContinuar lendo ““Quero ser repórter e prova do crime” (Jabor)”
Temos muito o que fazer, preparando nosso próximo erro
“Hoje, eu realmente não acredito em coisa nenhuma que possa acontecer no Brasil”: desabafo de Antonio Callado, uma semana antes de morrer. Um livro póstumo, com suas crônicas, foi intitulado “O país que não teve infância”. Amadurecemos? Os portugueses chegaram por aqui em 1500. Os ingleses começaram, de fato, a colonização do que viria aContinuar lendo “Temos muito o que fazer, preparando nosso próximo erro”
“Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam”
Nelson Rodrigues era um gênio, exclama Ronaldo Bôscoli (1928-1994) em suas memórias (“Eles e Eu”). Bôscoli era um típico playboy da zona sul carioca. Com o empobrecimento da família, precisou trabalhar. O que lhe pareceu palatável foi jornalismo esportivo: algum prazer no fazer. No Última Hora, conheceu Nelson Rodrigues. Um dia, Nelson se aproximou e,Continuar lendo ““Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam””
“Eu pedi, pedi, para a senhora me botar no mundo?”
O pernambucano Nelson Rodrigues morreu há 40 anos. Sua família mudou-se para o Rio quando tinha 4 anos de idade, por motivos políticos. Era odiado pela esquerda porque apoiava a ditadura militar; assumia-se como reacionário. Isso mudou quando seu filho, Nelsinho, foi preso e torturado, apesar de sua ‘amizade’ com os militares. Devia desconfiar, aContinuar lendo ““Eu pedi, pedi, para a senhora me botar no mundo?””
Fidelidade e política
Amigos queriam saber minha opinião sobre o “carão” que o rasputin, digo, o escritor Olavo de Carvalho, considerado guru bolsonarista, fez ao presidente e cercanias: “Quer levar um processo de prevaricação da minha parte? Se esse pessoal não consegue derrubar o seu governo, eu derrubo. Continue inativo, continue covarde e eu derrubo essa merda desse seuContinuar lendo “Fidelidade e política”