Somos partes

A vida humana provém, descende, da vida da Terra. Muitos ignoram isso, ou fingem desconhecer, como se fossem extraterrestres. Há quem tenha dificuldade de perceber a vida que nos atravessa ininterruptamente. “A vida é somente a borboleta dessa enorme lagarta que é Gaia, ela é a metamorfose deste planeta”, diz, poeticamente, Emanuele Coccia (foto). “NossaContinuar lendo “Somos partes”

A teia da natureza

Dersu Uzala era um caçador indígena que vivia nos confins da Sibéria. Dersu conhecia, compreendia e amava todas as formas e manifestações da vida. Ele falava aos animais, à floresta, às nuvens e ao sol, ao fogo e à noite. Sua existência nos foi trazida pelo livro do explorador russo Vladimir Arseniev, que o conheceuContinuar lendo “A teia da natureza”

Amendoeira

Para fugir desse ambiente tóxico da política (argh!), dos descaminhos econômicos, da falta de gestão na infraestrutura, à exceção dos puxadinhos – louváveis – do Tarcísio Freitas, dos desmontes dos poucos pontos em que avançamo-nos (combate aos desmatamentos, proteção aos indígenas, direitos à diversidade, inclusão social …), nada como procurar nosso leitor do cotidiano, CarlosContinuar lendo “Amendoeira”

“… a atmosfera teria sido feita transparente com esta intenção: brindar ao homem, nos corpos celestes, com a presença perpétua do sublime.”

Ralph Waldo Emerson era um pastor, até discordar sobre a “eucaristia” como um ato de fé: “Este modo de comemorar Cristo não serve para mim”, justificou. Juntamente com Henry David Thoreau e a impressionante Margaret Fuller desenvolveram o “transcendentalismo“, que defende a existência de um estado espiritual ideal que “transcende” o físico e o empírico,Continuar lendo ““… a atmosfera teria sido feita transparente com esta intenção: brindar ao homem, nos corpos celestes, com a presença perpétua do sublime.””

“Com Voltaire, a pena voa e ri” (Victor Hugo)

Voltaire foi o autor do Dicionário Filosófico, embora, para se proteger dos poderosos, fomentadores da superstição, do fanatismo, da extravagância e da tirania, assumiu a autoria dos verbetes menos controversos e os mais delicados, designou a autores já falecidos ou estrangeiros. Victor Hugo dizia que “com Voltaire, a pena voa e ri”. Sua verve tratavaContinuar lendo ““Com Voltaire, a pena voa e ri” (Victor Hugo)”

A diversidade dá sentido ao mundo

“Acredito que uma folha de grama não é menos do que a jornada das estrelas.” (Walt Whitman) Sempre nos lembram que devemos ser ‘objetivos’. Objetividade, entretanto, é uma ficção, uma abstração. Tudo que é material pressupõe uma pré-diferenciação muito antes de sua concretização como coisas. “Em 1685, num dia qualquer, o gramado luxuoso do palácioContinuar lendo “A diversidade dá sentido ao mundo”

Testemunha da beleza e da destruição

Araquém Alcântara está há 50 anos fotografando a natureza. São 55 livros já publicados e mais um para este ano. O mais conhecido é ‘TerraBrasil‘, de 1998. Suas fotos estão nos principais museus do mundo. Sua convivência com as florestas reforçou seu respeito pela exuberância da vida. Mas, a devastação de nossos biomas é umaContinuar lendo “Testemunha da beleza e da destruição”

A natureza é uma cornucópia?

Nas tensões e discussões que envolvem ciência ambiental, população, dinâmica de recursos e ecologia, temos os malthusianos e os cornucopianos; escassez e abundância. Os que observam Thomas Malthus, expressam preocupações de que o crescimento exponencial da população humana e as demandas econômicas superem os recursos globais necessários para apoiar as pessoas, minando a sustentabilidade aContinuar lendo “A natureza é uma cornucópia?”