A vocação divina da palavra

“Quero que você escreva um livro sobre o poder das palavras, e os processos pelos quais os sentimentos humanos formam afinidades com elas.” (Samuel T. Coleridge, 1800) Acho admirável a capacidade de militância intelectual de Mia Couto. Recortei um trecho de seu livro “E se Obama fosse africano?”, de 2016. Línguas que não sabemos queContinuar lendo “A vocação divina da palavra”

“Os infelizes gostam de se unir uns aos outros” (Lessing)

“O tempo que vivemos é um tempo no qual as pessoas que tomaram o poder não se importam mais com os ancestrais, não se importam com os descendentes. Como podemos raciocinar com pessoas que têm arrogância de pensar que a morte delas significa o fim do mundo?” (Lewis Ricardo Gordon) As pessoas estão perdendo aContinuar lendo ““Os infelizes gostam de se unir uns aos outros” (Lessing)”

Temos muito o que fazer, preparando nosso próximo erro

“Hoje, eu realmente não acredito em coisa nenhuma que possa acontecer no Brasil”: desabafo de Antonio Callado, uma semana antes de morrer. Um livro póstumo, com suas crônicas, foi intitulado “O país que não teve infância”. Amadurecemos? Os portugueses chegaram por aqui em 1500. Os ingleses começaram, de fato, a colonização do que viria aContinuar lendo “Temos muito o que fazer, preparando nosso próximo erro”

“teus braços foram feitos/ para abraçar horizontes” (poesias de Mia Couto)

IDADES No início, eu queria um instante. A flor. Depois, nem a eternidade me bastava. E desejava a vertigem do incêndio partilhado. O fruto. Agora, quero apenas o que havia antes de haver vida. A semente. DANOS E ENGANOS Aquele que acredita ter visto o mundo, não aprendeu a escutar-se no vento. Aquele que seContinuar lendo ““teus braços foram feitos/ para abraçar horizontes” (poesias de Mia Couto)”

‘Cozinhar não é serviço… Cozinhar é um modo de amar os outros’ – Mia Couto

A avó, a cidade e o semáforo Quando ouviu dizer que eu ia à cidade, Vovó Ndzima emitiu as maiores suspeitas: – E vai ficar em casa de quem? – Fico no hotel, avó. – Hotel? Mas é casa de quem? Explicar, como? Ainda assim, ensaiei: de ninguém, ora. A velha fermentou nova desconfiança: umaContinuar lendo “‘Cozinhar não é serviço… Cozinhar é um modo de amar os outros’ – Mia Couto”