“Viver é lutar”. Talvez seja esse o mais famoso verso da Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias. O poema tornou-se uma vívida expressão do período romântico brasileiro, sobretudo em sua fase indianista. O indígena brasileiro representa o herói nacional. Na análise de Álvaro Lins e Aurélio Buarque de Holanda, Gonçalves Dias “interpretou como ninguém antesContinuar lendo ““Viver é lutar”, por Jénerson Alves”
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Pai contra mãe
Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, filho de um mulato e uma lavadeira portuguesa. Não gostava, porém, de abordar questões escravagistas. Em 1906, 18 anos após o fim da escravidão, entretanto, publica o conto “Pai Contra Mãe”, no livro “Relíquias da Casa Velha”. Neste conto a escravidão é o ambiente usado para destacarContinuar lendo “Pai contra mãe”
“Aquelas meias-tintas tão necessárias aos melhores efeitos da pintura”
O cara, com menos de 19 anos, estreou no jornalismo. Uma das estreias mais precoces de nossa história literária. Em 1858, Machado de Assis escrevia uma série de artigos críticos sob o título “O passado, o presente e o futuro da literatura”! Quando eu tinha 19 anos já me metia a ler Hegel, era maçomContinuar lendo ““Aquelas meias-tintas tão necessárias aos melhores efeitos da pintura””
Inventividade
“Cunha Sales, inventor do Pantheon Ceroplástico, teve certamente a idéia de só gastar cera com bons defuntos; mas acaba de aprender que a podia gastar com piores.Não falo dos propriamente mortos, mas dos vivos, a quem quis ensinar história por meio de uma vista de pessoas históricas. Não podendo fazê-lo de graça, estabeleceu uma entrada,Continuar lendo “Inventividade”
Vacinas. A opinião de Machado de Assis
Crônica, 9 de dezembro de 1894 “Tudo tende à vacina. Depois da varíola, a raiva; depois da raiva, a difteria; não tarda a vez do cólera-morbo. O bacilo-vírgula, que nos está dando que fazer, passará em breve do terrível mal que é, a uma simples cultura científica, logo de amadores, até roçar pela banalidade. (…)Continuar lendo “Vacinas. A opinião de Machado de Assis”
Contente-se!
CÍRCULO VICIOSO (Machado de Assis) Bailando no ar, gemia inquieto vagalume: “Quem me dera que eu fosse aquela loira estrela Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: “Pudesse eu copiar-te o transparente lume, Que, da grega coluna à gótica janela, Contemplou, suspirosa, a fronte amadaContinuar lendo “Contente-se!”