“O que eu narro é a história dos próximos dois séculos […] descrevo aquilo que vem: a ascensão do niilismo. Posso descrevê-lo porque aqui se passa algo necessário – os sinais disso estão por toda parte; faltam apenas os olhos para tais sinais. Aqui, não louvo, nem censuro, que ela venha; creio numa das maioresContinuar lendo “Niilismo”
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O tempo é memória
A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. (Kierkegaard) Há tempos tento entender o tempo, não o meteorológico – que já é complexo -, mas o cronológico. Ele existe mesmo? Por que temos necessidade de determinar o tempo, de definirmos marcos temporais? Karl Popper lembrouContinuar lendo “O tempo é memória”
Paixão e razão
Sempre há quem confunda amor com paixão, embora sejam motivações e sensações muito diferentes. O amor é um sentimento puro e desprendido de desejo, de resultado e de interesses pessoais. O amor é altruísta, nada quer em troca; a paixão é egoísta, tudo precisa retornar para o desfrute do “amante”. A paixão é uma “exigência”Continuar lendo “Paixão e razão”
“O imortal no mortal é o seu Nome” (Aurobindo)
“Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17: 20-21) Noutras traduções, lê-se “A vinda do Reino de Deus não é observável. (…) poisContinuar lendo ““O imortal no mortal é o seu Nome” (Aurobindo)”
Um certo mal-estar
Jurei absoluta fidelidade a mim mesmo, como fizera Nietzsche ao procurar suas próprias ideias, além das dominantes de então. Para ele, não mais o impressionavam “nem as ideias feudais, nem as ideias dos democratas burgueses, nem o socialismo. Ao redor delas não existem mais que uma mescla informe de sentimentos, de estilos, de instituições eContinuar lendo “Um certo mal-estar”
A verdade, reconheces?
Um político decorou um versículo e vive a repeti-lo: “… e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, conforme João 8:32. Não viu o versículo anterior: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos”. Isso dá trabalho: requer abandonar a mentira como prática e ter pensamentos e atitudes cristãs. A liberdade a queContinuar lendo “A verdade, reconheces?”
A metafísica Kantica, por Fábio Adiron
Após comentar a filosofia de Pascal (ver link abaixo), Fábio mergulha no entendimento de Kant. Eis um “preâmbulo”: A metafísica Kantica (por Fábio Adiron) “Uma vez que Kant é um dos mais difíceis dos filósofos modernos, eu não posso esperar ter conseguido deixar seus pensamentos inteligíveis ao público em geral. Não me parece claro queContinuar lendo “A metafísica Kantica, por Fábio Adiron”
“A instrução é como a liberdade: ela não se dá, conquista-se” (Jacotot)
Joseph Jacotot era um pedagogo extravagante, do início do século XIX. No período pós-revolucionário, era aceito que a instrução seria um instrumento para a redução das desigualdades. O governo ficaria nas mãos da elite instruída, que se empenharia em desenvolver formas de instrução para os homens do povo, repassando os conhecimentos – só os necessáriosContinuar lendo ““A instrução é como a liberdade: ela não se dá, conquista-se” (Jacotot)”
Falando de Pascal, por Fábio Adiron
Argumentum ad Hominem (literalmente, argumento contra o homem) é um tipo de falácia de relevância, um subgrupo do que é conhecido no campo da lógica como falácias não-formais. Quando não tem mais argumentos para usar, um debatedor agressivo, em vez de refutar a verdade do argumento adversário, ataca diretamente o caráter pessoal do oponente. Blaise Pascal, matemático, físico, inventor, filósofo e escritor, foiContinuar lendo “Falando de Pascal, por Fábio Adiron”
O transcendentalismo absoluto, por Fernando Pessoa
Classificação dos sistemas filosóficos (Fernando Pessoa) “Na classificação dos sistemas filosóficos temos a considerar duas coisas: a constituição do espírito e a natureza da ideação metafísica. O espírito humano, por sua própria natureza de duplamente — interiormente e exteriormente — percipiente, nunca pode pensar senão em termos de um dualismo qualquer; mesmo que chegue aContinuar lendo “O transcendentalismo absoluto, por Fernando Pessoa”