Num 13 de janeiro, em 1825, Frei Caneca era fuzilado (arcabuzado). Os carrascos haviam se negado a enforca-lo. Como religioso, insistia numa religião ética, que não valorizasse apenas os ritos e cultos. Advogava a necessidade da união entre fé e vida. Contestava uma religião com preocupações meramente dedicadas à manutenção do rebanho de fiéis, apenasContinuar lendo ““Não é circo. É a lei que monta o espetáculo””
Arquivos da tag:João Cabral de Melo Neto
“… natural, simples, humano, fiel a si mesmo: este é o perfil de Brossa …”
Joan Brossa (1919 – 1998). Esse poeta é ícone de criatividade; sua obra se caracteriza pela experimentação e pelo humor, é engajada e irônica. Sua obra poética está ligada às suas raízes catalãs e à denúncia social. Artista múltiplo; seus territórios eram artes plásticas, teatro, música, cinema, cultura popular, design gráfico, circo, cabaré e, política.Continuar lendo ““… natural, simples, humano, fiel a si mesmo: este é o perfil de Brossa …””
O cão sem plumas (trecho)
(João Cabral de Melo Neto) A cidade é passada pelo riocomo uma ruaé passada por um cachorro;uma frutapor uma espada. O rio ora lembravaa língua mansa de um cãoora o ventre triste de um cão,ora o outro riode aquoso pano sujodos olhos de um cão. Aquele rioera como um cão sem plumas.Nada sabia da chuvaContinuar lendo “O cão sem plumas (trecho)”
Janelas
Há um homem sonhando numa praia; um outro que nunca sabe as datas; há um homem fugindo de uma árvore; outro que perdeu seu barco ou seu chapéu; há um homem que é soldado; outro que faz de avião; outro que vai esquecendo sua hora seu mistério seu medo da palavra véu; e em formaContinuar lendo “Janelas”