“Pela falta que nos faz/ A nossa própria luz a nos orientar” (Estrelas, Oswaldo Montenegro) Com a crescente capacidade de “leitura” e “interpretação” dos fenômenos trazida pela inteligência artificial, restará aos humanos distinguir-se por sua ainda inalcançável emotividade. Pesquisas em neurociência evidenciam que a emoção é tão importante quanto a razão para orientar nossas escolhasContinuar lendo “Especialistas e generalistas”
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Infinito
“Não só o Espaço é vazio do ponto de vista da vida e da humanidade, mas também o Tempo é vazio. A vida é como um tênue fulgor, que mal começou a arder nessas imensidões ermas.” (H. G. Wells) Há vários temas que me deixam encucado. Entre eles está a natureza do tempo (e oContinuar lendo “Infinito”
O mal entre nós
Quem começou a escantear de fato o pensamento cartesiano (racional e consciente) foi o Freud, quando inseriu o inconsciente no processo. Descartes não saberia explicar o comportamento de multidões que abrem mão de suas individualidades e do pensar para ladrarem pelo fim da democracia, pela instauração de uma ditadura! Na multidão, o indivíduo tem suaContinuar lendo “O mal entre nós”
“Ciência sem consciência é apenas ruína da alma”. (Rabelais)
“É preciso dividir o tempo entre política e equações. Mas nossas equações são muito mais importantes para mim porque a política é para o presente, enquanto nossas equações são para a eternidade.” (Einstein) Descartes dizia que a técnica é o controle das forças da natureza. Mas, se a ciência e a técnica nos permitem controlarContinuar lendo ““Ciência sem consciência é apenas ruína da alma”. (Rabelais)”
Falando de Pascal, por Fábio Adiron
Argumentum ad Hominem (literalmente, argumento contra o homem) é um tipo de falácia de relevância, um subgrupo do que é conhecido no campo da lógica como falácias não-formais. Quando não tem mais argumentos para usar, um debatedor agressivo, em vez de refutar a verdade do argumento adversário, ataca diretamente o caráter pessoal do oponente. Blaise Pascal, matemático, físico, inventor, filósofo e escritor, foiContinuar lendo “Falando de Pascal, por Fábio Adiron”
“Tudo o que existe, existe em Deus”
Espinosa era monista. Quer dizer, ao contrário de Descartes que via o mundo de forma dualista, ele entendia que só poderia haver uma substância e, que tudo deveria ser considerado como modificação dessa substância única – ou seja, de Deus. “Tudo o que existe, existe em Deus, e sem Deus nada pode existir nem serContinuar lendo ““Tudo o que existe, existe em Deus””
“Com um movimento de recuo podemos perceber este mundo como um todo, dizem os aborígines australianos”
Philippe Descola é um antropólogo francês, agora professor no prestigiado Collège de France. Ele realizou um estudo etnográfico de 1976 a 1979 com o povo indígena Achuar, que vive na floresta amazônica entre o Peru e o Equador. Os Achuar fazem parte do grupo Jivaros, anteriormente conhecido como guerreiros e caçadores de cabeças. É comContinuar lendo ““Com um movimento de recuo podemos perceber este mundo como um todo, dizem os aborígines australianos””
A ordem das ideias deve seguir a ordem das coisas.
Giambattista Vico viveu durante o iluminismo e, de certa forma, criticava a preponderância na razão sobre o destino humano. O iluminismo foi importante por tirar do centro da vida humana os dogmatismos, quer religiosos, quer políticos e colocar a ciência (a razão) no seu lugar. A posição de Vico era – e nisso é muitoContinuar lendo “A ordem das ideias deve seguir a ordem das coisas.”
Progresso. Um evangelho?
O progresso tecnocientífico, norteado pela razão e experimentação, e pautado pelo valor da eficiência, provoca diversos efeitos ambivalentes na sociedade e na biosfera advindos da relação de efeito mútuo existente entre as criações humanas – dentre elas a técnica – e a vida social e o meio ambiente. Como fazer o ‘progresso’ incluir a defesaContinuar lendo “Progresso. Um evangelho?”
Diágoras, um ateu
Diágoras, foi um poeta e sofista grego do século V a.C. Era apelidado de “o ateu”. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro a dizer que a religião foi criada pelos governantes para assustar as pessoas de modo a fazê-las seguir uma ordem moral. Foi discípulo de Demócrito. Acabou expulso de Atenas, acusado de ImpiedadeContinuar lendo “Diágoras, um ateu”