O mito de um mundo melhor

A linguagem é mutante. Palavras podem perder seu significado original, etimológico, e ser postitzada, num deturpado processo de Scrum social. Assim ocorre com a palavra Mito. Virou até reverência política, ao vazio, ao nada, à negação, ao retrocesso, ao ódio, à deterioração. O social é o paroxismo da Complexidade, penso. Imaginem: bilhões de seres, cadaContinuar lendo “O mito de um mundo melhor”

“Com um movimento de recuo podemos perceber este mundo como um todo, dizem os aborígines australianos”

Philippe Descola é um antropólogo francês, agora professor no prestigiado Collège de France. Ele realizou um estudo etnográfico de 1976 a 1979 com o povo indígena Achuar, que vive na floresta amazônica entre o Peru e o Equador. Os Achuar fazem parte do grupo Jivaros, anteriormente conhecido como guerreiros e caçadores de cabeças. É comContinuar lendo ““Com um movimento de recuo podemos perceber este mundo como um todo, dizem os aborígines australianos””

Povos primitivos?

Em 1960, Claude Lévi-Strauss foi entrevistado por Georges Charbonnier. Selecionei um trecho de suas respostas quando questionado sobre “povos primitivos”. Ele faz uma analogia: considera os “primitivos” como uma máquina mecânica e, as sociedades “modernas” como termodinâmicas, movidas a vapor. “… As primeiras (primitivas) são as que utilizam a energia que lhes foi fornecida inicialmenteContinuar lendo “Povos primitivos?”

“…quantas Terras a gente precisa consumir até entender que está no caminho errado?”

“Demoramos muito tempo para perceber nossa identidade planetária … A história avançou pelo lado ruim. (Karl Marx) A ancestral e difícil luta pela sobrevivência foi se transformando em um louco esforço para se dominar a natureza. Louco, porque a parte não pode dominar o todo. A solução, de colocar o humano à parte (acima) daContinuar lendo ““…quantas Terras a gente precisa consumir até entender que está no caminho errado?””