Paul Valéry (1871-1945) foi poeta, ensaísta e pensador. Em 1892, ao visitar parentes em Gênova, Valéry passou por uma profunda transformação pessoal. Durante uma violenta tempestade, ele determinou que deveria se libertar “custe o que custar, dessas falsidades: literatura e sentimento”. Dedicou os vinte anos seguintes a estudar matemática, filosofia e linguagem. Até 1912, eleContinuar lendo “Maus pensamentos, de Paul Valéry”
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Niilismo
“O que eu narro é a história dos próximos dois séculos […] descrevo aquilo que vem: a ascensão do niilismo. Posso descrevê-lo porque aqui se passa algo necessário – os sinais disso estão por toda parte; faltam apenas os olhos para tais sinais. Aqui, não louvo, nem censuro, que ela venha; creio numa das maioresContinuar lendo “Niilismo”
O ódio que nos alimenta
Não se odeia quando se está em dúvida. O ódio requer “certezas” absolutas. Em dúvida somos condescendentes, tolerantes. As certezas reduzem nossa humanidade pois criam uma sensação de proximidade com o “absoluto”. Entretanto, somos reles seres perdidos no tempo (desconhecemos nossas origens pré-natais e o futuro é incógnito) e muitas vezes no espaço, quando nãoContinuar lendo “O ódio que nos alimenta”
Certezas e absolutos
A realidade “ficcional” e a “real” se confundem num mundo cada vez mais virtual, aponta Byung-Chul Han. As saídas assumem, em geral, o papel de fugas. O pensar virou um palavrão, coisa de ‘intelectual’, outro nome para ‘inútil’, e impõe-se que só se permite duvidar das opiniões dos outros, nunca das próprias (introjetadas). O mundoContinuar lendo “Certezas e absolutos”