O pequeno e rechonchudo Franz Schubert era a personificação da timidez. Morreu, aos 31 anos, sem reconhecimento público. Só os amigos o veneravam. Um desses amigos, o cantor Johann Michael Vogl, acompanhando-o numa visita a Salzburg, quando procuravam a pessoa que Mozart se baseara como modelo do Papageno, o caçador de pássaros da ópera FlautaContinuar lendo “A timidez de Schubert”
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Lohengrin
Falei, outro dia, sobre Sêmele, a mãe de Dioniso (https://balaiocaotico.com/2022/03/31/o-que-o-mito-de-dioniso-nos-diz-hoje/). Vimos que a curiosidade de Sêmele em saber se seu amante era realmente Zeus, terminou por fulminá-la. Falaremos, agora, sobre o mito de Lohengrin, que virou uma das mais lindas óperas de Wagner, peça que chegou perto do ideal wagneriano de “obra de arte total”.Continuar lendo “Lohengrin”
Nativismo internacionalista
O termo “modernus” entra em cena quando termina o que conhecemos como Antiguidade, por volta do século V d.C.: justamente nos séculos de “trevas”, nos quais se enfraquece a lembrança das grandezas passadas e instaura-se a inovação, mesmo sem que os inovadores percebam. Isso nos é contado por Umberto Eco. Há um paralelismo entre aqueleContinuar lendo “Nativismo internacionalista”
E se Deus negar?!
Partido Alto foi composta por Chico Buarque em 1972, em plena ditadura. Cheia de ironias e indiretas a música sofreu censura e, na época, teve dois termos vetados: a palavra “titica” teve que ser substituída por “coisica”, e “brasileiro” substituído por “batuqueiro”, o que já expressa sua importância histórica e política. Sua letra é umaContinuar lendo “E se Deus negar?!”
Paraguassú
Não se trata de gostar ou não; trata-se de manter a memória. Quem foi Paraguassú? Duas gerações atrás, essa pergunta não seria levada a sério. Paraguassú era um ídolo da nossa música, e um pioneiro, presenciou e participou do nascimento da disseminação da cultura popular através da música. Ele foi o primeiro artista musical paulistanoContinuar lendo “Paraguassú”
E a multidão vendo atônita/ Ainda que tarde/ O seu despertar
Simbolicamente, a Rosa dos Ventos representa luz e sorte. Significa também a necessidade de mudanças, de se encontrar uma direção, um caminho a seguir. Rosa-dos-Ventos (Chico Buarque) E do amor gritou-se o escândaloDo medo criou-se o trágicoNo rosto pintou-se o pálidoE não rolou uma lágrimaNem uma lástimaPra socorrer E na gente deu o hábitoDe caminhar pelas trevasDe murmurar entre as pregasDeContinuar lendo “E a multidão vendo atônita/ Ainda que tarde/ O seu despertar”
Cosima
Cosima Wagner morreu aos 93 anos de idade. Ao sentar, nunca se apoiava no espaldar de uma cadeira. Fora educada para sentar-se direito: aquilo que causa dor faz bem, aprendeu. Seus pais não eram casados. Só aos nove anos pôde ter um sobrenome, quando seu pai resolveu reconhecê-la: Franz Liszt. Fruto dos amores adúlteros deContinuar lendo “Cosima”
Pantanal, adeus!
Em 1988, Itamar Assumpção prenunciava um trágico destino para o Pantanal. No ano passado, o Inpe registrou mais de 20 mil focos de incêndio no bioma; mais que o dobro do ano anterior. O pico foi em outubro, com quase 3 mil ocorrências. As causas estão indefinidas. Alguns disseram que os focos começaram naturalmente, porContinuar lendo “Pantanal, adeus!”
Albinoni
Costumamos falar dos compositores consagrados e esquecemos seus ‘professores’, os pioneiros. Como, por exemplo, o veneziano Tomaso Giovanni Albinoni, com seu talento melódico e característico estilo pessoal. Bach, que pautou gerações de compositores – inclusive nosso Villa-Lobos – se inspirou nele. Seu famoso Adagio (abaixo), foi reconstituído por um musicólogo, Remo Giazotto, a partir deContinuar lendo “Albinoni”
Viva o Brasil! Viva Villa!
Temos valores nacionais, personalidades que se destacam apesar do ambiente inóspito. Não temos só “mitos”. Hoje, 5 de março, é o 134º aniversário de nascimento de Villa-Lobos. Por isso é o Dia Nacional da Música Clássica. A música popular da América Latina é consagrada mundialmente. Samba, tango, bossa-nova, salsa … Tom Jobim, Mercedes Sosa, RubénContinuar lendo “Viva o Brasil! Viva Villa!”