“Viver é lutar”. Talvez seja esse o mais famoso verso da Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias. O poema tornou-se uma vívida expressão do período romântico brasileiro, sobretudo em sua fase indianista. O indígena brasileiro representa o herói nacional. Na análise de Álvaro Lins e Aurélio Buarque de Holanda, Gonçalves Dias “interpretou como ninguém antesContinuar lendo ““Viver é lutar”, por Jénerson Alves”
Arquivos da categoria: Crônicas
No profundo oceano dos teus olhos, por Jénerson Alves
Tua face coroada com sorriso encanta a muitos. Encanta, sim, posto que é como magia. E isso não te é um elogio, tampouco uma crítica. É uma constatação. Tu sorris com os lábios, mas não com os olhos. Eles continuam pálidos, mesmo quando aqueles estão radiantes. Tuas palavras são como um ímã, atraem a todosContinuar lendo “No profundo oceano dos teus olhos, por Jénerson Alves”
Voz no Silêncio (por Jénerson Alves)
Sem dúvida, há uma voz que fala no Silêncio. O poeta Hermes Fontes chamou-a de “amigo e mestre”. Há um som inaudível pelos ouvidos físicos. Uma música que só os corações sensíveis podem abrigar. Lembro-me que São José estava em meio ao Silêncio da noite quando ouviu a voz de um anjo. Maria preferia guardarContinuar lendo “Voz no Silêncio (por Jénerson Alves)”
Conversinha trivial, por Jénerson Alves
O rapazinho ficou corado com a pergunta. Ela repetiu: – E aí? O que você acha sobre beijo? Ele tirou os óculos, limpou o suor da testa com a manga da camisa, respirou fundo: – Interessante como é um assunto constante na arte, né? Gustav Klimt pintou um dos quadros mais memoráveis com essa temática.Continuar lendo “Conversinha trivial, por Jénerson Alves”
A vocação divina da palavra
“Quero que você escreva um livro sobre o poder das palavras, e os processos pelos quais os sentimentos humanos formam afinidades com elas.” (Samuel T. Coleridge, 1800) Acho admirável a capacidade de militância intelectual de Mia Couto. Recortei um trecho de seu livro “E se Obama fosse africano?”, de 2016. Línguas que não sabemos queContinuar lendo “A vocação divina da palavra”
O bafo do Tempo (por Jénerson Alves)
Poderia uma lágrima ter caído da minha face, mas acho que essa fonte está meio seca (ou só meio cheia…). Pode não parecer, mas eu tenho um ‘intrigado’. Sim, um ‘sujeito’ do qual não quero ver a face (se bem que nunca a vi) e sinto um certo asco apenas em ouvir o seu nome.Continuar lendo “O bafo do Tempo (por Jénerson Alves)”
Nasrudin, o Perturbador da Tranquilidade
Nasrudin (ou Naceradin) Coja (ou Hodja) viveu no século XIII. Era seljúcida (povo nômade turco) e sufista. Também teria sido imã e juiz islâmico. Há muitas histórias a seu respeito, nas quais ora aparece como sábio ou espirituoso, ora como um tolo. Ficou conhecido por ser um homem muito bem humorado. Os mestres sufis apresentavam-se,Continuar lendo “Nasrudin, o Perturbador da Tranquilidade”
Quando a dor se senta ao seu lado
Ellen Bass é uma escritora e poetisa americana. Tem 75 anos. Se você soubesse E se você soubesse que seria o último/ a tocar em alguém? /Se você estivesse pegando ingressos, por exemplo,/ no teatro, rasgando-os,/ devolvendo os canhotos esfarrapados,/ poderia ter o cuidado de tocar a palma da mão, passar/ as pontas dos dedos/Continuar lendo “Quando a dor se senta ao seu lado”
A tentativa de golpe
Em 64 a.C., Catilina estava próximo da falência. De família nobre, porém desregrado, já havia sido acusado de vários crimes (assassinato da primeira esposa, do próprio filho e até relações sexuais com uma sacerdotisa virgem). Para mudar sua situação resolveu candidatar-se ao Senado romano. O investimento era alto mas, eleito, poderia recuperá-lo rapidamente – legalmenteContinuar lendo “A tentativa de golpe”
Rumi, o mestre da via do amor
“…Na verdade, somos uma só alma, tu e eu./ Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti./ Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,/ Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.” (Rumi) Jalal ad-Din Muhammad Rumi, um poeta persa e mestre sufi, nascido em 1207 eContinuar lendo “Rumi, o mestre da via do amor”