“Não basta unir o saber (a ciência) à alma (à consciência); é preciso incorporá-la àquele; não basta regá-lo, é indispensável com ela tingi-lo.” (Montaigne) Em 1982, Edgar Morin publicou “Ciência com consciência”, que deu origem ao Paradigma da Complexidade, já exposto nos primeiros volumes de “O Método”. Defendia, já então, o desenvolvimento de uma ciênciaContinuar lendo “Complexidade”
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A complexidade cultural do mundo
Geert Hofstede (1928-2020) se dedicou, há cerca de 30 anos, a compreender as complexidades culturais do nosso pequeno mundo. Ele classificou e mediu as manifestações culturais em cinco dimensões: Distância ao poder, Individualismo versus coletivismo, Masculinidade versus feminilidade, Aversão a incerteza, Orientação a longo prazo versus a curto prazo. A dimensão “Distância ao poder”, por exemplo, medeContinuar lendo “A complexidade cultural do mundo”
Vejam: isso logo será arqueologia
Não. A extinção dos nossos índios não será objeto de estudo da arqueologia. Uma nova ciência será criada, a recenslogia (de recente) – sugiro – um braço da etnologia para povos extintos. Lembro do incêndio do Museu Nacional – alguém se lembra? Os indígenas da Aldeia Maracanã correram até o prédio, a dois quilômetros. SaltaramContinuar lendo “Vejam: isso logo será arqueologia”
“Com um movimento de recuo podemos perceber este mundo como um todo, dizem os aborígines australianos”
Philippe Descola é um antropólogo francês, agora professor no prestigiado Collège de France. Ele realizou um estudo etnográfico de 1976 a 1979 com o povo indígena Achuar, que vive na floresta amazônica entre o Peru e o Equador. Os Achuar fazem parte do grupo Jivaros, anteriormente conhecido como guerreiros e caçadores de cabeças. É comContinuar lendo ““Com um movimento de recuo podemos perceber este mundo como um todo, dizem os aborígines australianos””