Emily Dickinson

Emily Dickinson nasceu em 1830; viveu 56 anos, solitária – na casa paterna. Sua poesia tem algo de transcendental. Teve apenas 10 poemas publicados em vida (de um total de 1.775), alguns anonimamente. São características de sua poesia a intensa emoção concentrada e a alta densidade simbólica.

“Eu morri pela beleza, mas mal fui
Ajustado na tumba,
Quando alguém que morreu pela verdade jazia
Em uma sala adjacente.

Ele questionou suavemente por que eu falhei?
‘Pela beleza’ respondi.
‘E eu, pela verdade, – os dois são um;
Nós, irmãos, somos’, disse ele.

E assim, como parentes se encontram à noite,
Conversamos entre os quartos,
Até que o musgo chegou aos nossos lábios,
E cobriu nossos nomes.”

“O sol apenas tocou a manhã;
A manhã, coisa feliz,
Supôs que ele viesse morar,
E a vida seria toda a primavera.”

“A Dor – tem Algo de Vazio -/ Não sabe mais a Era/ Em que veio – ou se havia/ Um tempo em que não era -/ Seu Futuro é só Ela -/ Seu Infinito faz supor/ O seu Passado – que desvela/ Novos Passos – de Dor.”

“Nunca sabemos o quão alto estamos até sermos chamados a subir. Então, se formos fiéis à forma, nossas estaturas tocarão os céus.”

“O cérebro, dentro de seu sulco,
Corre uniforme e verdadeiro;
Mas deixe uma lasca desviar,
Seria mais fácil para você
Colocar a água de volta
Quando as enchentes cortaram as colinas,
E cavaram uma estrada para si mesmas,
E apagaram os moinhos!”

“A Morte é um Diálogo entre/ A Alma e o Pó./ Diz a Morte ‘Some’ – A Alma ‘Só me cabe ser Crente’ -/ A Morte – sob a Terra – clama -/ Vai-se a Alma/ Deixando o seu – prova cabal -/ Manto de Lama.”