
Há 63 anos chegava ao mercado a primeira “pílula” anticoncepcional. Uma revolução libertária para as mulheres, sem dúvida. As mulheres puderam fazer sexo por prazer – até então um privilégio dos homens – e não apenas para efeitos reprodutivos.
Anteriormente, evitar a gravidez dependia do uso de preservativos (condom) pelos homens. A liberdade sexual da mulher dependia da boa vontade do parceiro e mudava, a partir dali, finalmente, para uma autonomia. Restava antes, também, seguir a “tabelinha”, única alternativa indicada pelos celibatários da Igreja Católica.
Com a pílula, a ovulação é inibida e dificulta a passagem dos espermatozoides. Tudo muito bom, salvo os efeitos colaterais, como manchas, náuseas, dores de cabeça, sensibilidade mamária – sem falar da associação com câncer de mama, entre outros.
Porém, estranho, as pesquisas com relação a anticoncepcionais masculinos pararam no tempo. A opção é a vasectomia, que poucos fazem.
Parece a mesma discriminação que sofrem os pobres com relação ao desenvolvimento de fármacos para um grupo de doenças infecciosas, às vezes parasitárias.
Agora, finalmente, um projeto conduzido por uma mulher (Melanie Balbach) sinaliza para um anticoncepcional masculino, reversível e fácil de usar.
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