Rumi, o mestre da via do amor

“…Na verdade, somos uma só alma, tu e eu./ Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti./ Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,/ Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.” (Rumi)

Jalal ad-Din Muhammad Rumi, um poeta persa e mestre sufi, nascido em 1207 e morto em 1273, faz sucesso atualmente, principalmente nos EUA.

“… se queres mergulhar, prende a respiração.”

Ele nasceu em Vakhsh, uma pequena aldeia no que hoje é o Tadjiquistão (ou na província de Bactro, no Afeganistão) e morreu – após viver seus últimos 50 anos – em Konya, na Turquia. 

Hoje, sua tumba atrai seguidores e chefes de estado todos os anos para uma cerimônia de dervixes em 17 de dezembro, aniversário de sua morte.

Sua obra seria uma espécie de exegese mística do Alcorão. Intencionaria, através da ciência sufi, a progressão espiritual, através das sucessivas moradas, até a realização do mistério da Unidade.

O sufismo é a interiorização das crenças do Islã, como uma mística. Os dervixes são conhecidos – de forma muito reduzida – por sua dança rodopiante de modo devocional.

“… onde quer que estejas e seja qual for a situação em que te encontres, tenta sempre ser um amante e um amante apaixonado.”

“Além das ideias de ações erradas e boas, existe um campo. Encontro você lá.”

“Você não é só uma gota no oceano, você é o próprio oceano dentro de uma gota.”

“A inspiração que você procura já está dentro de você. Fique em silêncio e escute.”

“Ah! Como é tarde e funda a solidão,/ em alto mar e sem sinal de terra:/ a nau, a noite, as nuvens, nossos remos,/ vogando pela graça em mar de Deus.”

“Moram em mim a dúvida e a piedade:/ sou velho e jovem, menino e bebê./ Não digam se eu morrer: ele morreu;/ hei de estar vivo no seio do amado.”

“Quantas vezes eu disse ‘sou senhor’;/ quantas, em pranto, que ‘sou prisioneiro’./ Deixei por fim de me prestar ouvidos,/ pois já não quero viver dentro em mim.”

“Morrei, morrei, de tanto amor morrei,

morrei, morrei de amor e vivereis.

Morrei, morrei, e não temeis a morte,

voai, voai bem longe, além das nuvens.

Morrei, morrei, nesta carne morrei,

é simples laço, a carne que vos prende!

Vamos, quebrai, quebrai esta prisão!

Sereis de pronto príncipes e emires!

Morrei, morrei aos pés do Soberano:

assim sereis ministros e sultões!

Morrei, morrei, deixai a triste névoa,

tomai o resplendor da lua cheia!

O silêncio é sussurro de morte,

e esta vida é uma flauta silente.”

Publicado por Dorgival Soares

Administrador de empresas, especializado em reestruturação e recuperação de negócios. Minha formação é centrada em finanças, mas atuo com foco nas pessoas.

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