
Envelhecer não dói, ao contrário. É, para mim, uma fase fantástica! Talvez porque já tenha nascido velho.
A vida sempre me exigiu atenção; distração não cabia. Não tive uma infância típica: precisei trabalhar desde os sete anos, ajudando meu pai numa feira livre. Brincar, nem pensar. Nunca joguei bola, por exemplo; não sei dar um chute numa bola. Não sei nadar, apesar de ter piscina em casa.
Minhas brincadeiras eram a leitura e a imaginação. Lembro quando li as Centúrias, as profecias de Nostradamus – que comprei na banca de Galego, a única da cidade – e chorei como um menino que era, tinha oito anos. Preocupava-me o fim da humanidade, sentimento que carrego até hoje, embora tenha percebido que não vale a pena.
Sou grato a muitos professores – de escolas públicas – que me despertaram o interesse por tudo, exceto matemática (meus professores de matemática claramente não gostavam do que faziam). Aprendi, principalmente, que a vida é movida a curiosidades.
Peço desculpas por falar essas coisas pessoais, mas queria fazer um pequeno texto para agradecer as centenas de cumprimentos que tenho recebido hoje pelos meus 66 anos. Não dá para responder individualmente a todos. Muito obrigado, amigos da vida!
Meus planos demandam uma vida longa: fazer só o prazeroso!
Ah, esse blusão me acompanha há mais de 30 anos; é quase uma marca pessoal.
Parabéns Dorgival.
Muita saúde, paz. Você não tem tempo para envelhecer. Quem lê, estuda, escreve, não envelhece. Somos uma geração feliz. Obrigada pelo amigo leal que você tem sido. Nossas privações em algumas áreas de nossa infância não nos diminuiu . Ao contrário, nos engrandece, somos sobreviventes de tempos bons em que podíamos trabalhar para ajudar nossos pais. Isso nos deu dignidade. Não se preocupe com a matemática, escritores não são bons em matemática .Você está com a “devida vênia”. Igual a vinho. Quanto mais velho melhor. Parabéns amigo. Saúde. Paz, prosperidade juntos aos seus. Abraços meu amigo.
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