
Sexo é bom e necessário; importa para nossas vidas.
Dinheiro é bom e necessário; importa para nossas vidas.
Juntar os dois tornou-se um “propósito” que tem cada vez mais adeptos.
A ideia é tão antiga quanto a humanidade, mas nunca foi tão explorada e divulgada como atualmente. Há aplicativos que se agigantam ao popularizar as tentativas.
Não sou moralista, atributo normalmente associado à hipocrisia, porém acho que esta festa não é construtiva, ao contrário; e, depois traz uma ressaca indesejável, pessoal e socialmente. Principalmente para as mulheres. Estas, a título de liberdade sexual, se curvam àquilo que os homens desejavam – a liberalidade sexual.
Anos atrás, a psicóloga e sexóloga Valeria Randone escreveu:
“Durante muitos anos, após uma mudança radical do quadro cultural, a sexualidade também assumiu novos significados: deixou de ser vinculada à procriação, franqueou-se ao universo feminino o acesso à dimensão do prazer, tornaram-se conhecidas e lícitas algumas perversões soft, e a mídia e a internet transmitiram uma sexualidade ginástica escassa de conotações emocionais.
À luz destas mudanças de paradigmas comportamentais, a virgindade perdeu totalmente sua razão de ser e seu significado ancestral originário.
Estudos de 2009 demonstraram que a idade da primeira relação sexual diminuiu muito e situa-se num raio que vai dos 13 aos 17 anos, com uma correspondente elevação do nível de desinformação sexual quanto à contracepção e às doenças sexualmente transmissíveis.”
Nunca o corpo feminino (e masculino) foi tão mercantilizado, com milhões de espectadores.
Essa falsa liberdade aprisiona os diletantes aos ditames desse mercado, a seus requisitos e consequências: o sofrimento na busca do corpo perfeito, a rejeição do envelhecimento, a subjugação aos parceiros, a criação de vazios existenciais, a dependência de “medicamentos” e suplementos, o mergulho depressivo, a agressividade desmotivada, o incremento da individualidade, a solidão …
O mercado da pornografia – sem contar com os veículos de estimulação sexual “inocente, light” – é medido em bilhões de dólares: existem cerca de 25 milhões de sites pornôs, representando 12% de todos os sites da internet e mais de 30% de todo o tráfego online.
A repressão secular ao sexo desmoronou – ok -, mas a lascívia transbordante pode nos afogar.
Estamos voltando ao rito sacrificial, ao deus corpo e seu sacerdote, o dinheiro.
Segundo Marcel Mauss, o sacrifício era originariamente uma dádiva que o selvagem fazia a seres sobrenaturais aos quais lhe era conveniente se ligar.
O prazer é uma coisa boa, mas nunca é pleno. É fugaz e não sacia nossa centelha divina. E, não traz a sonhada “felicidade”.
Durante muitos anos, após uma mudança radical do quadro cultural, a sexualidade também assumiu novos significados: deixou de ser vinculada à procriação, franqueou-se ao universo feminino o acesso à dimensão do prazer, tornaram-se conhecidas e lícitas algumas perversões soft, e a mídia e a internet transmitiram uma sexualidade ginástica escassa de conotações emocionais. Começando por aqui sexo só foi vinculado a procriação no Édem. Não é de hoje que a liberdade sexual tomou lugar de libertinagem. Sem querer ser pudica, a liberdade sexual chegou a raia do discaramento. Casais que se amam não fazem “sexo” fazem ‘amor”. Mas hoje nos nossos dias as pessoas fazem sexo mesmo indiscriminadamente. Hoje não se fala em” fazer sexo ” tem-se algo mais avançado “ficar”. Aplicativos de namoros que na verdade são aplicativos de “ficantes”. Posso ser considerada antiga. Obsoleta. Quando na verdade nosso corpo é o ” templo sagrado” .Antigamente até venerado como “deusas sagradas”. E a meu simples modo de ver estamos vendo a escalada de prostitutas e prostitutos. Não quero aqui dar o tom de moralista. Estamos perdendo o senso de moralidade pudor, e decência com raras exceções. Cabe a cada um de nós proteger o mais sagrado que o Criador lhe deu. “Seu corpo”.
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