
Krishnamurti acreditava no ser humano, individualmente; para ele, os males decorrem dos processos de organização social, dos seus coletivos.
“Pode-se ter esperança nos homens, mas não na sociedade nem em sistemas religiosos organizados: só em vós e em mim.”
Sobre a verdade, dizia que ela não é o que está nos livros; ela decorre do autoconhecimento:
“Quando citais o Bhagavad-Gita, ou a Bíblia, ou algum livro sagrado chinês, é bem certo que só estais repetindo, não é?
E o que estás repetindo não é a verdade.
É mentira, porque a verdade não pode ser repetida.
(…) Os homens de boa vontade não devem ter fórmulas, porque as fórmulas, inevitavelmente, só levam a um pensar cego.
É quase universal a submissão às fórmulas, pois nosso sistema de educação está baseado em ‘o que pensar’, e não ‘em como pensar’.
Crescemos como membros crentes e militantes de alguma organização – como comunistas, cristãos, muçulmanos etc.
Consequentemente, vós reagis ao desafio, que é sempre novo, de acordo com um velho padrão e por esse motivo vossa reação não tem a correspondente eficácia, originalidade, frescor.”
Aldous Huxley complementava:
“A mentira pode ser ampliada, repetida, mas a verdade não. Quando se repete a verdade, ela deixa de ser verdade, e por esse motivo os livros sagrados não têm importância. É pelo autoconhecimento, e não pela crença nos símbolos de outra pessoa, que o homem alcança a realidade eterna, na qual se alicerça seu próprio ser.”
A verdade pode ser encontrada no amor, entendia Krishnamurti:
“O amor não é diferente da verdade. O amor é aquele estado em que o processo de pensamento, como tempo, se imobilizou completamente. Onde há amor, há transformação. Sem amor, nada significa a revolução, porque a revolução, nesse caso, é simples destruição, decomposição, miséria crescente. Onde há amor, há revolução, porque o amor é transformação, momento por momento.”
Concordo plenamente! A verdade, para você, depende do seu autoconhecimento.
CurtirCurtir