
Disrupção, resiliência, neuroliderança, teoria U, efeito gatilho, quinta disciplina, liderança apreciativa, mindfulness, mindset, people skills, performance, meritocracia, nine box, feedback, gestão da singularidade, bursts, sprint, startup, terceira onda, reengenharia, empresas exponenciais, smart, design thinking, angels, método lego, roadmapping, soft edge, #VQD, marketing de guerrilha, small data, pre-suasion, brandintelligence, hacking growth, BI, teoria Z, oceano azul, cisne negro, modelos replicáveis, leading change, EBM, código de valor, competição analítica, VUCA, BANI, antifrágil, lifelong learning, AI, ML, NFT, blockchain, inteligência emocional, scrum, agile qualquer coisa etc.
Acima, temos termos que nos bombardeiam cotidianamente, para quem está inserido em negócios.
Para os que têm um viés mais financeiro, há outro punhado:
Valuation, project finance, M&A, project management, GAAP, IFRS, correção monetária integral, custeio ABC, balanced scorecard (BSC), teoria das restrições (TOC), corrente crítica, bottom line, EVA, TIR, shareholder value, MVA, duration, EBIT, EBITDA, life cycle costing, CAPM, VPL, ROE, NOPAT, ROI, CFROI, OBZ, ZBZ, beyond budgeting (BBRT), value drivers, WACC, business plan, equity etc. novamente.
Somos consumidores de significados. O “bom” profissional é o que está “up to date” com os neologismos, frases ou palavras de efeito (em inglês), siglas, acrônimos ou listas que diariamente são criados para nossa diversão.
Alguns pegam, outros desaparecem; a maioria não serve para nada (ou seja, atrapalham); alguns conceitos, entretanto, são válidos e úteis. Como separar?
Para consultores, mentores, coaches, conselheiros e “espertos”, é um maná.
Uma psicóloga escreveu um best-seller, Garra. Os editores resolveram usar o termo em português, talvez porque “Grit“, em inglês tem várias acepções. 335 páginas para dizer que o esforço pode compensar a falta de talento. Afinal, “a garra é mutável, não fixa, e podemos fazê-la crescer”!
Ora, quem não sabe isso? Talvez muitos.
Eu, entretanto, comecei a trabalhar muito jovem. Aos 14 anos era cronoanalista. Primeira lição: rendimento = habilidade x esforço (R = H x E). Atribuíamos uma nota (até 100) para cada um dos dois fatores e os supervisores cobravam dos coitados operários um aprimoramento diário, senão … Novatos tinham, naturalmente, baixa habilidade, mas a vontade de permanecer empregado o levava a um maior empenho – com maiores índices de defeitos, mas isso era “problema” do Controle de Qualidade. Era assim; e ainda é em muitas empresas.
Dos conceitos financeiros, prezo muito o de EVA, embora seja um aperfeiçoamento do ROI (e do método DuPont), com algumas sutilezas e modificações.
A sacada é apurar o resultado que excede a remuneração mínima exigida pelos detentores de capital (credores e acionistas). Indica, portanto, se a empresa está criando ou destruindo valor.
Isso deve ser feito, na minha opinião, para todas as atividades nas quais as empresas se envolvem, o que não é fácil inicialmente: por unidade operacional, por linha de produtos, por sua rede de distribuição, por regionais etc.
Era o que David Ricardo definia como resultado supranormal, em 1820.
Muitas das “novidades” na área de Gestão são apenas conceitos requentados. Tudo bem. Porém nem todos importam.
Outro conceito pelo qual tenho grande respeito é a Cultura Lean. Funciona e, se bem implantado, dignifica os funcionários.
Para encerrar, digo que o que realmente importa – em qualquer negócio – é algo que nem todos se apercebem: GENTE!