
Cercado por uma multidão.
Tempos estranhos, mesmo com uma centena de “amigos” virtuais ou não, a solidão se impõe.
Triste sina, acesso as milhares de pessoas e não se consegue tempo para acessar o próprio interior. Talvez essa seja a causa.
Esconde-se por trás de avatares e personagens criados para agradar os “amigos”. Esquece da própria história.
Ouvi um dia que o homem que não sabe de onde veio nunca saberá aonde vai.
Falta de rumo, vida vazia.
Será este o destino dos milhares que não conseguem sair desta fantasia?
A solidão será eterna companheira até o fim dos que se entregaram ao virtual. Nascerão e se tornarão solitários, como a legião que seus pais já pertencem. Viverão de aparências.
Triste sina, tempos estranhos.
Como não se percebe a vida aqui fora?
As flores desabrochando, as abelhas zumbindo e toda gama de cores, sensações e sons que se pode apreciar.
Penosa vida solitária, que não se apercebe até que se cruze a linha final.