
Os números não são precisos, mas de tão gigantescos tornam-se incompreensíveis.
Somos aproximadamente 7.897.800.000 habitantes deste planeta. No ano (até hoje, 5 de outubro, segundo https://www.worldometers.info/pt/), nasceram novos 106.576.690 inquilinos e, 44.743.490 partiram.
Individualmente, somos uma fração ínfima nesse conjunto: 0,0000000126%. Porém, quem nos convence de que não importamos?
Olhando ao redor, sumimos: o chamado universo visível contém 500 milhões de grupos de galáxias, 10 bilhões de grandes galáxias, 100 bilhões de galáxias anãs e dois quintilhões de sóis. Um quintilhão significa 1.000.000.000.000.000.000 = 1018, ou seja, “um milhão de milhões de milhões”.
Esses números são controversos: estima-se, em resumo, entre 200 bilhões a 2 trilhões de galáxias no universo visível.
Quanto às estrelas, só a nossa Via Láctea contém de 200 a 400 bilhões!
Não para por aí: o universo visível não é todo o universo; corresponde a um campo de “visão” de 15 bilhões de anos-luz e, pode ser uma partícula de uma totalidade muito maior que ainda não podemos ver.
Quem sabe, o universo possa ser infinito (ou múltiplos). Einstein tinha uma escolha, que julgava “natural”: o universo não tem fronteiras, mas deve ser finito e ilimitado.
Podemos entender “ilimitado” como algo sem limites, imenso, porém indefinido; mas ele não usa a palavra “infinito”. Confuso. De qualquer forma, os cosmólogos pouco sabem, ainda, sobre a estrutura topológica do universo.
Apesar da nossa pequenez, carregamos – cada um de nós – nosso mundinho, alguns com altivez, outros com visões mesquinhas, outros ainda com ambições desmedidas, como Buenaventura Durruti, o anarquista, que acreditava que “Levamos um mundo novo em nossos corações, um mundo que está crescendo neste instante.”
Acredito que importa não esquecermos que somos “parte”, tanto desse imenso universo, quanto do curto raio de nossa hodierna convivência.
“Nós carregamos dentro de nós as maravilhas que buscamos fora de nós.” (Rumi)
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