
O termo tibetano para designar corpo é “lü“, que significa “algo que você deixa para trás”, como bagagem, nas palavras de Sogyal Rinpoche.
Transcrevo seu entendimento sobre o ócio no Ocidente:
“A ociosidade ocidental consiste em abarrotar nossas vidas de atividades compulsivas, de modo que não sobre tempo para o confronto com os verdadeiros problemas.
Se observarmos nossa vida, veremos claramente quantas tarefas sem importância, as assim chamadas ‘responsabilidades’, se acumulam para preenchê-la.
É como ‘fazer faxina num sonho’.
Dizemos a nós mesmos que queremos empregar o tempo nas coisas importantes da vida, mas nunca temos esse tempo.
Mesmo no simples levantar-se pela manhã, há tanto o que fazer: abrir a janela, fazer a cama, tomar banho, escovar os dentes, alimentar o cachorro ou o gato, lavar a louça da véspera, descobrir que o açúcar ou o café acabou, sair para comprá-lo, fazer o café da manhã – a lista é interminável. (…)
E que dizer do cabelo ou da maquiagem?
Incorrigíveis, vemos nossos dias se encherem de telefonemas e projetos insignificantes, com tantas responsabilidades – ou devemos chamá-las de ‘irresponsabilidades’?
Nossa vida parece viver-nos, possuir seu próprio ímpeto bizarro de arrastar-nos; no fim sentimos que não temos mais escolha ou controle sobre ela.
Acordamos à noite e nos perguntamos: ‘O que estou fazendo com minha vida?’
A vida nos ensina muitas coisas, principalmente que a busca da perfeição é vã, normalmente. Importa a busca, não a perfeição em si.
O próprio Sogyal Rinpoche foi acusado de agressão e abuso sexual e físico, bem como de uso indevido de fundos de caridade.
Sua defesa: “Tenho certeza de que nunca, jamais, agi em relação a ninguém com um motivo de ganho egoísta ou intenção prejudicial.”
Somos humanos. Raros são os que conseguem lidar bem com todas as facetas da vida.
“Como persistissem em interrogá-lo, ergueu-se e lhes disse: ‘Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra!” (João 8:7)
Acordamos à noite e nos perguntamos: ‘O que estou fazendo com minha vida?’não são poucas as vezes que isso acontece. A vida nos últimos tempos independente da idade passou a futilidades sem limites. Se observarmos nossa vida, veremos claramente quantas tarefas sem importância, quando as chamadas ‘responsabilidades’, se acumulam para preenchê-las posteriormente. Postergamos.
É como ‘fazer faxina num sonho’.
Dizemos a nós mesmos que queremos empregar o tempo nas coisas importantes da vida, mas nunca temos esse tempo
Rever nosso tempo é necessidade urgente. A vida passa por nós como rolo compressor. Apesar dos cuidados com a pandemia, necessário se faz preenchemos esse vazio, não em lacunas improdutivas com as vãs filosofias orientais sem base cientificamente muitas vezes não comprovadas. É fato que o evangelho nos adverte com a lição “aquele que não tem pecado lance a primeira pedra” isso a mais de dois mil anos atrás ” nem mesmo posso eu laçar a primeira pedra.. O autor do texto faz uma reflexão a pensarmos , quanto tempo gastamos com futilidades e renegamos o útil a segundo plano?. Quanto tempo ficaremos inertes aguardado o “retorno a utilidade”? É hora de reagimos, respeitando as recomendações científicas. Senão, seremos fadados a morrer de fome ou o empobrecimento total. O chamado a filosofia oriental é apenas para despertamos da inércia que está mergulhada a Nação Brasileira. Precisamos reagir urgente.
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