
Um amor a Deus fundamentado na alegria; comunhão espiritual do ser humano e o mundo: esse era Ralph Waldo Emerson, o grande filósofo transcendentalista, junto a seu amigo, Henry David Thoreau.
Alguns de seus aforismos são relevantes:
“Foi um grande conselho o que ouvi certa vez, dado a um jovem: ‘Faça sempre o que tiver medo de fazer'”.
“A confiança na Propriedade, incluindo a confiança nos governos que a protegem, demonstra a falta de autoconfiança.”
“Ser você mesmo em um mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior realização.”
“Os homens em sua totalidade vangloriam-se da melhoria da sociedade, mas nenhum homem melhora a si mesmo.”
“Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos.”
“É impossível para um homem ser enganado por outra pessoa que não seja ele próprio.”
“Adormecida em uma noz, encontra-se o nascimento de mil florestas.”
“Miller é o dono daquele campo, Locke daquele, e Manning do arvoredo mais adiante. Porém, nenhum deles possui a paisagem.”
“Todo homem percebe que é aquele ponto médio a partir do qual todas as coisas podem ser afirmadas e negadas com igual razão. Inexiste homem permanentemente sábio, a não ser nas fábulas dos estoicos.”
“Assim é o indizível, porém inteligível e praticável significado do mundo, transmitido ao homem, o aluno imortal, em cada objeto do sentido.
Para esse fim de Disciplina, todas as partes da natureza conspiram.
Uma nobre dúvida perpetuamente se insinua, se esse fim não pode ser a Causa Final do Universo, e se a natureza exterior existe.
É uma indicação suficiente da Aparência que chamamos de Mundo, que Deus vai ensinar a uma mente humana, e assim torná-la receptora de um certo número de sensações congruentes; o que chamamos de sol e lua, homem e mulher, casa e comércio.
Em minha absoluta impotência para testar a autenticidade do relatório dos meus sentidos, para saber se as impressões que eles despertam em mim correspondem aos objetos distantes, que diferença faz, se Orion está lá em cima no céu, ou algum Deus pinta a imagem no firmamento da alma?
As relações das partes e a finalidade do todo permanecem as mesmas; qual é a diferença, se a terra e o mar interagem, e os mundos giram e se misturam sem número ou finalidade – abismo profundo sob abismo profundo, galáxia equilibrando galáxia, através do espaço absoluto -, ou, se sem relações de tempo e espaço, as mesmas aparências se inscrevem na inabalável fé do homem?
Se a natureza desfruta de uma existência externamente substancial, ou apenas no apocalipse da mente, é igualmente útil e igualmente venerável para mim.
Seja ela o que for, é ideal para mim, enquanto eu não puder testar a precisão dos meus sentidos.”