
Não. A extinção dos nossos índios não será objeto de estudo da arqueologia. Uma nova ciência será criada, a recenslogia (de recente) – sugiro – um braço da etnologia para povos extintos.
Lembro do incêndio do Museu Nacional – alguém se lembra?
Os indígenas da Aldeia Maracanã correram até o prédio, a dois quilômetros. Saltaram as grades na tentativa de salvar a história de seu povo, os puri. Não conseguiram evitar sua segunda extinção.
Imagens incríveis feitas por Ricardo Stuckert capturaram as tribos indígenas do Brasil que agem como guardiãs da floresta amazônica em rápida diminuição e que lutam contra os forasteiros que pretendem destruí-la.
Admiro Ricardo Stuckert, assim como a Araquém Alcântara, que parecem ter uma urgência de registrar nossa riqueza étnica e da natureza. São tolos, mas numa outra distante geração serão distinguidos. Não é essa a intenção deles; querem que a atual geração se sensibilize.
Há outros, como o sertanista José Carlos Meirelles, que trabalhou para a Fundação Nacional do Índio (Funai) durante 40 anos. A antiga Funai; não a que usa bombas de gás contra índios.
A Funai, cuja “missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil.”
O primeiro presidente da Funai no governo atual foi o general da reserva do Exército Franklimberg Ribeiro de Freitas. Ele foi removido do cargo em meados de junho de 2019.
“Quem assessora o senhor presidente não tem conhecimento de como funciona o arcabouço jurídico que envolve a Funai (…). E quem assessora o senhor presidente é o senhor Nabhan (o pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia, atual secretário de política fundiária do Ministério da Agricultura e ex-presidente da União Democrática Ruralista).
Que, quando fala sobre indígena, saliva ódio aos indígenas”, disse o general da reserva.
A sequência de fotos abaixo é do devotado Ricardo Stuckert.





