
“A beleza está na natureza e acontece na realidade sob os mais variados aspectos. Quando a descobrimos, ela pertence à arte, ou melhor, ao artista que a consegue ver.” (Courbet)
Quando Courbet chegou a Paris tinha 20 anos. Alugou um quarto na casa em que nascera Victor Hugo. Não era um principiante; sabia desenhar.
Porém, parecia ingênuo, iletrado e provinciano inculto – logo desconcertaria Paris com seu “comportamento grosseiro”. Escolhera não se adaptar à cidade, mas sim juntar-se a ela nos seus próprios termos: não tinha interesse em premiações, por exemplo, mas por publicidade e vendas.
“A pintura não pode, sem se cair na abstração, permitir que um aspecto incompleto da arte domine, seja pintura, cor, composição ou qualquer outro dos múltiplos meios que apenas combinados constituem essa arte.” (Courbet)
O óleo acima é um dos seus primeiros autorretratos. Ele surpreende o observador com sua determinação: a ênfase colocada na mão em primeiro plano.
Um dos seus últimos autorretratos, “Homem com cachimbo”: “É o retrato de um fanático, um ascético. É o retrato de um homem que, desiludido com a falta de senso da sua educação, procura viver segundo os seus próprios princípios”. (Courbet)
Tornou-se conhecido pela provocativa pintura “A Origem do Mundo”, que desagrada a muitos. É a vulva mais conhecida da história da arte.