
A ciência precisa de imaginação. Faz sentido.
Einstein, através de experimentos imaginados, associava a intuição à apreensão inteligível de um sistema de conceitos que escapam aos dados imediatos dos sentidos.
Intuição intelectualizada, através de experimentos mentais que propiciariam a compreensão do incompreensível. Um “ato intuitivo” a serviço da inteligência.
Ele sonhava com uma única teoria que fosse capaz de explicar todos os enigmas do universo; uma equação que juntasse o eletromagnetismo e a gravidade (só depois descobriu-se a força nuclear forte e a força nuclear fraca). Ou seja, uma Teoria de Tudo.
Morreu sem conseguir realizar seu sonho, mas outros cientistas o levaram adiante.
Os físicos John Schwarz, Michael Green, Holger Nielsen, Leonard Sussekind, Joel Scherk e Yoichiro Nambu desenvolveram o conceito da Teoria das Cordas, uma combinação da Teoria da Relatividade Geral (que explica o comportamento de grandes corpos como planetas e estrelas) com a mecânica quântica.
Isso foi no começo dos anos 1970.
Eles propõem que as unidades fundamentais da natureza não são as partículas subatômicas, como os elétrons, mas sim cordas de uma só dimensão e de tamanho mínimo – algo ao redor de um centésimo de bilionésimo de bilionésimo do tamanho do núcleo de um átomo.
Essas cordas vivem num universo que tem pelo menos nove dimensões, seis a mais do que as três normais. Não percebemos essas dimensões porque elas estão enroladas em si mesmas, em laços ultramínimos.
Bacana! Nunca pensei assim. Ainda não consigo “entender” as dobras do espaço-tempo e o mundo quântico; coisas mais que centenárias!
Vejam essa história de “buraco negro“, deduzido a partir das fórmulas do Einstein e supostamente já detectados: “O buraco negro é o fim da linha em matéria de encurvamento do espaço-tempo. Ele é produzido inteira e exclusivamente por esse encurvamento. Seu enorme encurvamento é produzido por uma enorme quantidade de energia altamente compactada – energia que não reside na matéria, mas no próprio encurvamento. O encurvamento gera o encurvamento sem ajuda da matéria.” (Kip S. Thorne)
Novamente, não consigo entender, sequer imaginar.
Não sei se a imaginação dos físicos está bem fundada.
Richard Feynman dizia: “O que nós precisamos é de imaginação, mas de imaginação em uma terrível camisa-de-força. Temos de encontrar uma maneira nova de ver o mundo, que tem de concordar com tudo o que é conhecido, mas discordar em algum ponto quanto às suas previsões …”