
Aruká Juma tinha entre 86 e 90 anos. Era o último falante da língua do povo Juma.
Ele morreu de Covid-19 em fevereiro, em Porto Velho, Rondônia. Com ele desaparece a etnia Juma.
O povo Juma contava com cerca de 15 mil pessoas no século XVIII. Foi sendo devastado por doenças e conflitos com seringueiros, madeireiros e garimpeiros.
Em 1964, restavam só seis indivíduos juma e, em 1999, apenas Aruká.
“Éramos muitos antes que os seringueiros e os garimpeiros viessem para matar todos os juma.
Na época, os juma eram felizes. Agora sou só eu”, disse Aruká numa entrevista em 2016.
“Aruká era o último homem juma que tinha memória das maneiras de caçar e dos modos artesanais próprios de seu povo” (Edmundo Peggion)
(Este texto foi extraído do artigo “Morte de um homem e a extinção de uma etnia”, da revista Pesquisa Fapesp)