Placebos e crenças

(Fonte: site Phylos.net)

Placebo, em latim, significa “agradarei”. Era considerado um método de agradar o paciente na ausência de uma terapêutica.

Não é coisa nova: já no século XVI, a Igreja Católica fazia uso de placebos para desacreditar supostas falsas possessões demoníacas. Indivíduos “possuídos” deveriam manusear falsas relíquias sagradas e, caso reagissem com contorções, eram consideradas falsas possessões, segundo Ted Kaptchuk.

Tudo indica que a resposta ao placebo advém de uma integração entre mecanismos psicológicos e neurobiológicos. Agiria principalmente por meio de dois mecanismos: expectativa e condicionamento.

No caso de comprimidos, quanto maior e mais amargo, maior será seu efeito.

O efeito curativo das crenças seria um efeito placebo? Polêmico, não é?

“A crença de que somos meras e frágeis máquinas controladas por genes está sendo gradualmente substituída pela consciência de que somos os próprios geradores e administradores de nossa vida e do mundo que nos cerca.” (Bruce Lipton)

A afirmação acima é coerente com ideias desenvolvidas pela epigenética.

Bruce procura ver a vida sem os bloqueios e limitações das crenças dogmáticas da civilização – ou cultura -, inclusive considerando a não-exclusividade da medicina alopática.

“… se uma célula pode ser controlada pelo ambiente que a cerca, nós, os seres vivos, que temos trilhões delas também podemos ser controlados.

Assim como cada célula, o destino de nossa vida é determinado não por nossos genes, mas por nossas respostas aos sinais do meio ambiente que impulsionam e controlam todos os tipos de vida.”

Voltando aos placebos: “A maioria das pesquisas sobre a analgesia por placebo tem sido direcionada para mecanismos opioides endógenos, porém, outros mecanismos não-opioides (como a serotonina e a secreção de hormônios) têm sido sugeridos.” (Raphael Câmara Medeiros Parente e outros)

Se alguém toma, por exemplo, cloroquina acreditando na autoridade (médica ou política), pode até achar que lhe fez bem e o curou, quando o próprio organismo cuidou disso e o reforço placebo ajudou.

Publicado por Dorgival Soares

Administrador de empresas, especializado em reestruturação e recuperação de negócios. Minha formação é centrada em finanças, mas atuo com foco nas pessoas.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: