![Public humiliation: "I am a defiler of the race." In this photograph, a young man who allegedly had illicit relations with a Jewish ... [LCID: 79267]](https://encyclopedia.ushmm.org/images/large/bce1eb8f-fc9e-45ef-8026-f353ec9330b8.jpg.pagespeed.ce.KXoEEwvtCq.jpg)
A foto acima, de 1935, traz um jovem que supostamente manteve relações com uma judia, o que era proibido pelos nazistas, carregando um cartaz que diz: “Sou um poluidor da raça (ariana)”.
A ideia dessas ações de propaganda era intimidar os que não concordavam com a teoria racial nazista.
O que une, num regime autoritário, é, contraditoriamente, a exclusão, resultando numa seleção dos puros, dos justos, das pessoas de bem … qualquer coisa que represente as bandeiras do grupo no controle.
A coesão do grupo no poder requer que se definam e marquem as fronteiras sociais, determinando quem pode ou não participar. É a antidemocracia. Além da negação de direitos, restringe oportunidades – ou pior – aos diferentes.
Não param por aí; incitam ao ódio contra os “inadequados” ou indesejados, transformando-os em párias sociais.
Com relação à rejeição ou alheamento de grupos sociais baseados em cor da pele ou estrato social, atua-se, normalmente na surdina. Simplesmente ignorando-os do ponto de vista de políticas públicas.
Apesar de se sustentar por pessoas que terceirizaram o pensar e que se satisfazem por compor uma comunidade de aceitos, a elite política não dispensa a atração de intelectuais para dar cunho científico ou cultural a seus projetos.
É necessária a criação de crenças, de discursos dogmáticos: um mundo perigoso, cercado por “inimigos”.
A essas crenças aliam-se práticas e discursos específicos, frutos de uma mecânica de políticas públicas feitas de impulsos e recheados de “emoções”, que as reforçam.
Não apenas os discursos, mas também o gestual da violência, compõem a linguagem da intolerância.