O homem – muitos – ainda, não se apercebeu da significativa relevância da mulher. A que cuida e mantém o ambiente propício ao amadurecimento pessoal e profissional do companheiro.
Participa no encorajamento e na discussão de projetos de vida, sempre com os pés no chão. Segurança é uma âncora. Mas, com o acréscimo de certa sensibilidade que lhe é peculiar.
Vejam, por exemplo, os “grandes homens”. Há mulheres, anônimas, por trás.
Henry Ford: se os fatos fossem conhecidos, descobriríamos que suas realizações fenomenais devem-se à cooperação diuturna da Sra. Ford, diz Napoleon Hill.
Thomas Edison: sua esposa sempre esteve ao seu lado, influenciando-o. Atrás dele estavam dois grandes poderes – a ‘concentração’ e a Sra. Edison.
Um dos grandes papéis históricos das mulheres: aliadas e críticas. O palco principal não lhe era facultado.
Atualmente, elas são protagonistas. Os companheiros precisariam ser seus aliados.
Hoje, a mulher ainda dá quatro expedientes, com seu trabalho, os filhos, o companheiro e a casa.
O principal desafio da mulher sempre foi saber escolher seu companheiro – são elas quem escolhe, não o homem. Hoje, este companheiro não necessariamente precisa ser o ‘provedor’, mas um aliado paciente e encorajador.
Tenho cinco filhas. Sei que a vã ilusão do príncipe é uma armadilha.
O machismo ainda durará por gerações. As atuais mães precisam trabalhar esse conceito, não reproduzi-lo.
A sociedade patriarcal precisa ceder lugar à sociedade familiar – ou a ideia de família acabará. Também não cabe o estabelecimento de um matriarcado.
Homem e mulher não são oponentes; são complementos que se suplementam.
A mulher não pode continuar sendo vista como fantoche, escrava, propriedade. Nem deusas ou concubinas. Apenas como “amiga preferencial escolhida”. Algo assim. Uma nova aliança. Não de fidelidade submissa, mas de adesão cooperativa voluntária.
MARIA, MARIA
Maria, Maria, é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria, é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca, Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui
A estranha mania de ter fé na vida
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca, Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui
A estranha mania de ter fé na vida
(Milton Nascimento / Fernando Brant)
Nós Marias de todo mundo, só precisamos sermos amadas, cuidadas, desejadas. Nossa força não é competitiva. É conciliadora. Cooperadora. Temos a capacidades de amar até os que nos fazem mal. Nós Marias somente queremos ser igual a todos . Não seres inferiores. Nem superiores. Nós só queremos ser “MARIAS”.
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