
“Quem se alegra em ser louvado, com palavras enganosas, com frequência o arrependimento tardio pela torpeza praticada penaliza.”
“Um corvo, encarapitado no alto de uma árvore, queria comer o queijo furtado de uma janela.
A raposa, logo que o avistou, põe-se a falar, com brandura, assim: ‘Ó corvo, nada mais brilhante que tuas penas! Quanta beleza ostentas no corpo e no semblante. Se tivesse voz, ave nenhuma te levaria vantagem!’
Então o corvo, estulto, enquanto quer mostrar a voz, soltou da boca o queijo, que a raposa ardilosa, de imediato, agarrou com dentes ávidos.
Então, a estupidez decepcionada do corvo gemeu.”
Esta fábula se passa em Brasília.