
O cacique kayapó Raoni e Almir Suruí apresentaram denúncia formal contra Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional, acusando-o de cometer crimes contra a humanidade.
Muitos rirão, por não levarem a sério nossos índios, por os verem como entraves ao ‘desenvolvimento nacional’.
Mas, sendo ele acusado em Haia por crimes contra a humanidade; um dia será julgado.
Esta se soma a outras acusações, como a referente à “omissão” criminosa durante a pandemia da Covid-19, como a apresentada em abril de 2020, pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, que denunciou Bolsonaro por crimes contra a humanidade por sua condução durante a pandemia.
Nos dois anos desse governo, o desmatamento aumentou quase 50% e atingiu seu nível mais alto desde 2008. Invasões de territórios indígenas aumentaram 135% em 2019, e pelo menos 18 pessoas foram assassinadas em conflitos de terra no ano passado.
Apesar disso, as multas por crimes ambientais caíram 42% na bacia do Amazonas em 2019, e o governo federal cortou o orçamento para fiscalização em 27,4% este ano.
As acusações atuais são para que se investigue o presidente pelo desmantelamento de políticas ambientais e violações de direitos indígenas: ecocídio (destruição do meio ambiente em nível que compromete a vida humana).
Em setembro do ano passado, Raoni já havia advertido: “Bolsonaro é mentiroso. É doido”.
Eis um trecho do pedido de investigação:
“Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil e tomou posse em 1º de janeiro de 2019. Durante sua campanha, ele se comprometeu a acabar com os crimes ambientais e a limitar os direitos dos povos indígenas. Desde sua inauguração, a destruição da floresta amazônica acelerou-se a um ritmo sem precedentes: o desmatamento aumentou 34,5% em um ano , a maior taxa de assassinatos de líderes indígenas nos últimos onze anos, o colapso e as ameaças das agências ambientais… O histórico do primeiro ano deste governo é sombrio.
Esta situação, a mais dramática dos últimos dez anos, é um resultado direto da política estatal desenvolvida pelo governo de Jair Bolsonaro. As novas medidas e políticas do governo visam remover todos os obstáculos para saquear a riqueza da Amazônia.
Documentos revelaram que o presidente tem interesse em destruir a floresta amazônica a fim de realizar seus planos. A destruição da Amazônia tem o único objetivo de produzir benefícios econômicos .
Esta política levou a uma escalada de violência contra as comunidades indígenas na Amazônia, criminalidade contra ativistas ambientais e atos de destruição deliberada da floresta tropical amazônica, como demonstrou o “Dia do Fogo”.Este governo age com total impunidade.
Entretanto, esses fatos constituem uma violação dos direitos dos povos indígenas que constituem crimes contra a humanidade, que são da competência do Tribunal Penal Internacional, do qual o Estado do Brasil é parte. (…)”
A referência sobre “acabar com os crimes ambientais” significa ignorá-los, não a reduzi-los.
Passou da hora desse crápula sair do poder… todo apoio e solidariedade aos indígenas,e a tudo e todos que são desprezados por esse desgoverno.
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