
O ser branco está em ser proprietário de privilégios. Só isso. Não quer dizer que todos os brancos têm privilégios; há outra chaga, a desigualdade social.
Raça é uma construção social. Do ponto de vista biológico não existe raça, embora seus ‘efeitos’ sejam visíveis na sociedade.
O conceito de raça foi criado nos séculos 18 e 19, para se estabelecer uma ideia fictícia de superioridade dos brancos. Homens como o botânico sueco Carl Linnaeus (1707-1778) e o antropólogo inglês Francis Galton (1822-1911), ‘racistas’, permitiram que se propagasse a ideia da superioridade moral, intelectual e estética dos brancos.
“… a branquitude deve ser pensada como localizações sociais estruturadas na dominação.
O cerne da identidade racial branca são os privilégios materiais e simbólicos que se obtêm nas sociedades estruturadas por dominação racial.” (Ruth Frankenberg)
“Você consegue lembrar quantos colegas negros fizeram parte da sua trajetória acadêmica e profissional? (…) além de segregados racialmente, os negros no Brasil são excluídos social, econômica, educacional e profissionalmente. Ao nascer branco, naturalmente você já nasce com privilégios. A cor da sua pele lhe dá oportunidades e lhe blinda de situações de preconceito, assédio, violências policial e sexual.” (Site da UFRGS)
Peggy McIntosh escreveu, em 1988: “… os privilégios não são percebidos pelos sujeitos que os obtêm, pois as sociedades ocidentais ainda são, em sua maioria, eurocentradas e, por isso, tendem a ser ‘monoculturais’, ou seja, a constituição de uma determinada perspectiva sobre o mundo que se baseia centralmente nos padrões culturais dos grupos dominantes, mantendo uma visão única sobre as formas de viver e ser no mundo, que não permite que os sujeitos consigam perceber sua singularidade e seu próprio fechamento.”
A branquitude gera uma ‘invisibilidade’ para os brancos – eles não se percebem como diferentes; diferentes são os outros.
O racismo passa a ser um fenômeno que não lhe diz respeito; a responsabilidade estaria no passado!
“Eles reconhecem as desigualdades raciais, só que não associam essas desigualdades à discriminação e isto é um dos primeiros sintomas da branquitude. Há desigualdade raciais? Há! Há uma carência negra? Há! Isso tem alguma coisa a ver com o branco? Não! É porque o negro foi escravizado, ou seja, é legado inerte de um passado no qual os brancos parecem ter estado ausentes.” (Maria Aparecida Silva Bento)
(Texto adaptado e acrescido a partir do publicado por Lia Vainer Schucman em Ciência Hoje)
A branquitude é oriunda da descolonização. Com a colonização a braquitude se instalou e escravizou o que não era igual. Sinto porém, que a branquitude está em extincao especialmente no Brasil com a miscigenação. Hoje a mistura de brancos, negros, indios estamos chegando e uma raça mista cija tendência e o moreno . O qual logo devera ser qualificada e catalogada. Os brancos ancestrais estão se extinguindo (braquitude) surgindo dessa forma a mistura de todas as racas originando hoje predominantemente o “moreno”, que como disse os estudiosos precisam catalogar. Branco, negro e moreno. Com o passar do tempo toda branquitude se extinguira. Todo negritude se extinguira e seremos todos ” morenos ” se ja não somos. Com raras exceções. Essa é minha visao futurista sobre a extinção da branquitude.
CurtirCurtir
* Onde se de descolonização….leia-se descolonização
CurtirCurtir