
Em 1797 Beethoven começou a ter sinais de surdez. Tinha 27 anos. Logo depois, percebeu que a perda de audição para a música e para a fala não era uma ocorrência passageira.
Sua habilidade para alimentar a criatividade e protegê-la da angústia física e psicológica causada pela surdez progressiva é um dos aspectos mais notáveis de sua vida.
Francisco Goya, foi outro que sofreu a ‘dor’ da surdez. Ele era 24 anos mais velho que Beethoven. Também, manteve sua fidelidade artística.
Beethoven confessou a um amigo:
“Devo confessar que estou levando uma vida miserável. Há quase dois anos parei de comparecer a qualquer evento social, simplesmente porque acho impossível dizer às pessoas que estou surdo.
Se tivesse outra profissão, talvez fosse capaz de lidar com minha enfermidade, mas, na minha profissão, ela é uma deficiência terrível.
E se meus inimigos, dos quais tenho um número considerável, souberem disso, o que iriam dizer?”
“… quando estou num concerto, não consigo ouvir as notas mais agudas dos instrumentos ou das vozes”. Seus ouvidos “continuam a zumbir dia e noite”.
Já totalmente surdo, compôs esta ode à alegria e à união: