
“Jamais a humanidade reuniu tanto poder a tanta desordem, a tantas preocupações e a tantas manipulações, a tantos conhecimentos e a tantas incertezas.
A inquietude e a futilidade se justapõem em nossos dias.” (Paul Valéry, 1932)
“É preciso se perguntar o que hoje atinge mais gravemente a alma dos homens: sua paixão cega pelo dinheiro ou sua pressa febril.” (Konrad Lorenz)
“Terra, não é isso o que desejas: renascer em nós, invisível?” (Rainer Maria Rilke)
Pachamama é a Mãe Terra e divindade máxima nos territórios andinos, conforme a civilização Inca.
Nesta crença, a deusa está presente em meio aos homens não apenas através do solo ou da terra geologicamente falando, mas em toda a totalidade que a terra pode representar; provendo a vida, o sustento, a assistência e tudo o que for necessário para manter o mundo em harmonia.
Pachamama representa, também, o sentido da vida, o nascimento, a maternidade e a proteção da Terra e de seus filhos que nela habitam.
O conceito de Pachamama se assemelha, em muitos aspectos, ao da hipótese Gaia (“a biosfera é um sistema de controle adaptativo ativo capaz de manter a homeostase da Terra”), criado por James Lovelock e pela bióloga Lynn Margulis, nos anos 1970.
A propósito, a hipótese Gaia, que recebeu um tratamento duro por parte de biólogos evolucionistas e é geralmente desprezada pela maioria dos darwinistas, começa a ser “assimilada” por evolucionistas importantes, como W. Ford Doolittle.
O importante é que nos conscientizemos sobre o nosso pertencimento à teia da vida e, como diz Ailton Krenak, “que alguns seres da constelação humana ainda sentem o continuum da existência no nosso único habitat, este que nos faz em constante recriação.”
“Não foi somente aos livros, mas à própria Terra que me dirigi para ter o conhecimento da Terra.” (Élisée Reclus, 1868)