
Em 2 Macabeus, conta-se a história de uma mãe que presenciou o martírio e morte de seus sete filhos. Não há registro de seu nome. O rei que ordenou essas mortes foi Antíoco IV Epifânio, da dinastia Selêucida, que governou a Síria entre 175 a.C. e 164 a.C. Ele era descendente de Seleuco, um dos generais de Alexandre, o Grande, que ficou com uma das quatro partes do que havia sido conquistado.
Antíoco queria implantar a cultura helenística em todo o seu domínio, com seus deuses e costumes.
“Aconteceu também que sete irmãos, detidos com sua mãe, começaram a ser coagidos pelo rei a tocar na proibida carne de porco, sendo por isso atormentados com flagelos e nervos.
Um dentre eles, fazendo-se porta-voz dos outros, assim falou: ‘Que pretendes interrogar e saber de nós? Estamos prontos a morrer, antes que a transgredir as leis de nossos pais.’
O rei, enfurecido, ordenou que se pusessem ao fogo assadeiras e caldeirões. Tornados estes logo incandescentes, ordenou que se cortasse a língua ao que se havia feito porta-voz, e lhe arrancassem o couro cabeludo e lhe decepassem as extremidades, tudo isto aos olhos dos outros irmãos e de sua mãe.
Já mutilado em todos os membros, mandou que o levassem ao fogo e o fizeram assar, enquanto ainda respirava. (…)” (II Macabeus, 7 1-5)
Os sete, e a mãe, foram supliciados e mortos.
O último teria dito: “Eu não obedeço ao mandamento do rei! Ao mandamento da Lei, porém, que foi dada aos nossos pais por meio de Moisés, a esse eu obedeço.”
A crença e a fé se retroalimentam e tornam indestrutíveis seus detentores.